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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 16, 2015

MPF recebe pedido para substituir Juiz Moro por ele segurar processo contra líder do PSDB desde 2006



O pedido pede que o Ministério Público Federal dê celeridade ao caso e impeça a prescrição do crime para que não tenhamos mais um político do PSDB sendo beneficiado pela justiça que arquiva tudo e trava até a prescrição dos crimes envolvendo políticos tucanos.

O professor universitário Charlinton Machado protocolou nesta terça-feira pedido ao Ministério Público Federal, autor de investigação e de ação criminal contra o atual senador Cássio Cunha Lima – líder do PSDB, para que provoque a Ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, no sentido de dar celeridade ao processo denominado de Concorde, ainda das eleições de 2006, para indicar substituto do juiz federal Sérgio Moro, o mesmo da Lava Jato, que há meses está com o processo e não da prosseguimento. 

- Estou dando entrada de uma petição em caráter pessoal, como pessoa física, para não envolver a questão partidária – informou Machado em contato com a reportagem do Portal WSCOM, ele que é também presidente do PT da Paraíba. "Não quero misturar as coisas para evitar a polêmica de sempre". 

Charliton Machado disse que "é preciso dar celeridade a este rumoroso caso em que o ex-candidato ao Governo e atual senador é acusado em ação do Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro e relação promiscua do Estado com agentes privados prestadores de serviços" – afirmou ele, acrescentando que "embora haja toda a gravidade, o juiz Sérgio Moro resolveu secundarizar a atenção processual, resultado por temermos a prescrição, como acontece nos processos do PSDB, estamos agindo pedindo celeridade". 

Ele afirmou ainda que "é preciso que a sociedade brasileira conheça a verdade política do atual senador, que pousa de homem decente acusando o PT de ser organização criminosa, algo que jamais será, como ele já mereceu cassação de mandato por crime eleitoral, e agora precisa se explicar sobre ação criminal do Ministério Público por lavagem de dinheiro, aliás com R$ 400 mil voando de um edifício em João Pessoa dai o nome Caso Concorde". 

Fonte: Portal WSCOM
*PlantaoBrasil

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