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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 25, 2015

Moro vira cabra-cega pós #tarjapreta


Moro cabra cega e a tarja pretaResponsável geral pela condução da Lava jato, Moro protagoniza uma autêntica ópera bufa. E a “tarja preta” ocultando o nome do tucano José Serra, em mais um relatório vazado, talvez seja o gran finale desta mixórdia.

Diferentemente do que ocorreu no caso da AP 470, onde Joaquim Barbosa “dividiu” com seus pares a responsabilidade da condução daquele tosco julgamento, Moro é um solitário julgador sem ter com quem partilhar o comando.

Resta a Moro encenar, doravante, o papel de herói tolhido pelo sistema. E é assim que muitos começam a perceber sua conduta ao permitir indevidamente - tudo indica que de forma calculada - que ocorresse em sua instância julgadora fatos que são de responsabilidade do STF.

No senso comum, com a indispensável proliferação pela velha mídia, irão midiatizar em avalanche o conceito de que Moro tentou punir, mas foi “impedido/barrado”.

Fato é que Moro consegue transferir os holofotes para outra freguesia.

E logo no momento de se divulgar a enquete que segue abaixo (clique aqui e leia: Mulher de Moro obtém ganhos conflitantes?).

A enquete que desMOROnante face
Mais uma vez é tarefa para internautas fazer o contraponto a este enredo surreal.

Ao menos já sabemos que adorno será moda no próximo Carnaval, a bandagem ocular, o tapa-olhos.

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MEGACIDADANIA INDICA PARA LEITURA O POST DO PORTAL GGN
A interminável novela entre o PT e a velha mídia
Postado por às

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