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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 13, 2015

São Paulo passa o Paraná e se torna pedágio mais caro do mundo após reajuste de Alckmin


Viajar de automóvel pelo estado está 8,5% mais caro nos pedágios de rodovias que cortam região metropolitana; na Anchieta/Imigrante valor se aproxima de R$ 23

Por Redação

Transitar de carro, caminhões ou ônibus pela região metropolitana de São Paulo e seus principais acessos vai ficar mais caro esta semana, com o aumento da tarifa de pedágio em até 8,47% a partir de quarta-feira (1º de julho) nos trechos Oeste e Sul do Rodoanel, rodovias Dom Pedro 1º, Raposo Tavares, Marechal Rondon Oeste e Leste, e Ayrton Senna/Carvalho Pinto.

São Paulo detém o pedágio mais caro do país no Sistema Anchieta/Imigrantes, onde o valor passará de R$ 22 para R$ 22,90.

O reajuste foi anunciado pela agência reguladora estadual (Artesp) e representa o repasse integral da inflação oficial acumulada entre junho do ano passado e maio de 2015, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os novos preços valem para 143 praças de pedágios distribuídas em um total de 6,5 mil quilômetros (km) de estradas de todo o estado. Mas, nas demais, o aumento será menor (4,11%), por ser vinculado a outro indicador, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).

São elas: Autoban (Anhanguera-Bandeirantes), Tebe (SP-326, SP-351, SP-323), Vianorte (SP-325, Anel Viário de Ribeirão Preto), Intervias (Laércio Côrte), Centrovias (Washington Luís), Triângulo do Sol (SP-333, SP-310 e SP-326), Autovias (Antônio Machado SantAnna), Renovias (SP-215, SP-340), ViaOeste (Castelo Branco), Colinas (SP-075 e SP-127), SPVias (Francisco Alves Negrão) e Ecovias (Anchieta/ Imigrantes).

Queda federal - Em nível federal, os últimos leilões de trechos de rodovias do Programa de Investimentos em Logística (PIL), como o da Ponte Rio-Niterói, em março, registram queda acentuada no valor médio do pedágio, de R$ 10,40 no período Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) para R$ 3,50, no governo Dilma Rousseff (2011-2014).

A comparação revela custo quase 67% menor nos pedágios federais recém autorizados ou um terço do que era 13 atrás. Um viajante que gastasse naquele período R$ 2 mil mensais em pedágios, gastaria hoje cerca de R$ 660,00, economia de R$ 1.340,00 ao mês, valor suficiente para comprar um carro popular novo a cada 20 meses.


Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/06/sao-paulo-passa-o-parana-e-se-torna.html#ixzz3fmw2bz1l

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