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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 01, 2011

Brasil Sem Miséria na Amazônia - pouco destaque na imprensa e DEMos já são contra.



Uma Presidenta encontrou-se com 6 governadores, para lançar ações que retirarão 2,6 milhões de brasileiros que ainda vivem em situação de extrema pobreza, muitos deles nos confins da floresta Amazônica... e esse fato, na quarta-feira, não foi noticiado com o devido destaque na imprensa brasileira.

O telejornal de maior audiência no Brasil, o Jornal Nacional, TV Globo, virou as costas para o Brasil da Região Norte e sequer noticiou este fato. O Jornal da Record também ignorou. A TV Bandeirantes noticiou.

Bolsa Verde

Se não bastassem os números de tamanho amazônicos citados acima, nestas ações foi um lançado um importante programa para conservação da floresta: o Bolsa Verde.

É um valor de R$ 100 por mês (R$ 300 por trimestre, para ser exato) pago a famílias de baixa renda por serviços ambientais de conservação das áreas onde vivem e trabalham.

O objetivo é estimular a preservação ambiental das Florestas Nacionais, Reservas Extrativistas e Projetos de Assentamento Florestal, de Desenvolvimento Sustentável.

Quando Dilma visitou Manaus, na quarta-feira, 8 mil famílias já estavam incluídas no Bolsa Verde, e já vão receber o dinheiro a mais a partir de outubro, junto com o Bolsa Família.

Até 2014, a meta é incluir 72 mil famílias com o Bolsa Verde.

Além disso, o Exército e os Correios, que tem maior presença na região, irão ajudar a cadastrar no Bolsa família, aqueles pobres que tem direito, mas são "invisíveis", que nem conseguem chegar às prefeituras de seus municípios para solicitar seus direitos.

Falou em Bolsa para pobre, o DEMo é contra

O deputado federal Pauderney Avelino (DEMos/AM), o último sobrevivente da oposição no Amazonas, já saiu resmungando contra: "não passa de ação publicitária para promover a imagem do Governo Federal"...

Tchau, pobreza! Bem-vindos à classe média

Mas as boas notícias não pararam por aí, e o Bolsa Família e o Bolsa Verde não é o fim da linha para estas famílias.

No evento, realizado no Teatro Amazonas, cooperativas da agricultura familiar assinaram com o poder público e com redes privadas de supermercados contratos para vender seus produtos.

A Cooperativa Agroindustrial dos Produtores do Projeto de Assentamento Uatumã passará a fornecer para prefeitura de Manaus 730 toneladas (R$ 3,4 milhões) de banana, mamão, melancia, abacaxi, limão, laranja, cheiro verde, abóbora, macaxeira, couve, arroz, farinha de mandioca e farinha de tapioca para a merenda de 260 mil alunos de 430 escolas.

Uma rede de supermercados do Acre vai comprar mensalmente 174,8 toneladas de aves (R$ 742 mil ) da Cooperativa dos Fornecedores de Aves de Brasiléia (Agroaves), projeto apoiado pelo programa Territórios da Cidadania.

Esse é um dos focos do Plano Brasil Sem Miséria: geração de renda para as famílias dando apoio à comercialização dos produtos da agricultura familiar nas compras públicas, como os programas de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA), e nas redes privadas, como prevê o acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) para aumento da quantidade e variedade de produtos da agricultura familiar nas redes varejistas.
*osamigosdopresidentelula

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