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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 18, 2015

EUA SE BORRAM!! ALEMANHA, FRANÇA E ITÁLIA ADEREM A BANCO DA CHINA. BRICS!!!

EUA SE BORRAM!! ALEMANHA, FRANÇA E ITÁLIA ADEREM A BANCO DA CHINA. BRICS!!!

O FHC pensava que a hegemonia exclusiva americana seria eterna



Segundo a Xinhuanet, agência de noticias estatal da China, http://news.xinhuanet.com/english/2015-03/17/c_134075215.htm , os governos da Alemanha, da França e da Itália decidiram aderir ao banco de investimentos Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB), de iniciativa chinesa.

A China pretende construir uma gigantesca rede de infraestrutura que ligue sua região mais oriental – Xian – a Atenas (na Grécia, e ao lendário Porto de Pireus), Veneza (Italia) e Rotterdam (Holanda), depois de passar pelo Cazaquistao, Uzbequistao, Irã, Rússia e Turquia.

O capital inicial do AIIB é de US$ 50 bilhões.

Os Estados Unidos fizeram forte pressão diplomática para impedir que os três países europeus aderissem ao banco da China – e a sua área de influencia política e econômica – http://www.nytimes.com/2015/03/18/business/france-germany-and-italy-join-asian-infrastructure-investment-bank.html?hp&action=click&pgtype=Homepage&module=first-column-region®ion=top-news&WT.nav=top-news .

O Governo americano, segundo o New York Times, considera que esse banco se rivalizaria com o Banco Mundial, que, desde o fim da II Guerra, está sob a influencia direta dos Estados Unidos, assim como o FMI.

Da mesma forma, o Banco dos BRICs http://www.fazenda.gov.br/divulgacao/noticias/2014-1/julho/brics-criam-novo-banco-de-desenvolvimento, fundado em Fortaleza com um capital inicial de US$ 100 bilhões, é uma ameaça à exclusiva hegemonia americana.

As duas notícias devem provocar uma certa apreensão naqueles que, aqui no Brasil, construíram a carreira em torno da ideia de que a hegemonia exclusiva dos Estados Unidos seria eterna.

Como o Príncipe da Privataria , o dos chapéus, o Ataulfo Merval e todos os que, como o Machão do Leblão, sem saber ao certo saber por quê, preferem o “Pacto do Pacifico” ao Mercosul.

Querem acomodar-se no colo dos Estados Unidos, não sem, antes, tirar os sapatos.

Paulo Henrique Amorim
*PlantãoBrasil

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