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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, setembro 01, 2015

O caso Von Richthofen, o Rodoanel, Serra e Alckmin


Manfred_Von_Richthofen01
Manfred Von Richthofen, ao lado da família, fazia parte do propinoduto do Rodoanel.
Via Os amigos do presidente Lula em 24/1/2008
O jornal Brasil de Fato levanta um assunto indigesto para os tucanos e que a imprensa demotucana tenta abafar: a origem da fortuna de Manfred Von Richthofen, assassinado pela filha Suzane Von Richthofen, junto com os irmãos Cravinhos.
O assassinato e a disputa pela herança acabaram por revelar contas na Suíça, abrir investigações sobre um amplo esquema de corrupção no Dersa (órgão responsável pelo Rodoanel paulista) e com forte suspeita de que parte desse dinheiro tenha financiado uma versão 2002 de caixa 2 tucano.
Aprofundar as investigações pode desvendar elo entre governos e campanhas tucanas.
“… O que a grande mídia e os tucanos escondem – mas que acaba sempre vazando – o que se comenta por toda parte e com claros e fortes indícios de ser verdade, é que o cerco e a proteção que envolvem a senhorita Suzane desde o primeiro momento resultam de uma forte ação de personagens ligados ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Na verdade, essa proteção a senhorita Suzane visaria esconder o real móvel do crime, que se entrelaça com o modo tucano de fazer política, com a probidade tucana.”
Indícios levam a suspeita de desvios de dinheiro no Rodoanel para servir ao caixa 2 tucano em 2002 para campanhas de Serra a presidente e Alckmin a governador.
“De acordo com diversos comentaristas e fontes, o engenheiro Manfred Von Richthofen, pai da senhorita Suzane e na época do crime diretor da empresa pública estadual de São Paulo Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S.A., era um dos responsáveis pelo caixa 2 das campanhas pela reeleição do então governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin e pela eleição de José Serra, que disputava com o petista Luiz Inácio Lula da Silva a Presidência da República naquele ano (2002).
Parte do dinheiro, que engrossava o milionário caixa 2 tucano, teria origem em falcatruas e desvios de verbas destinadas à construção do Rodoanel Mário Covas. Segundo apurou o Ministério Público, o senhor Manfred tinha um patrimônio de R$2 milhões, muito superior ao que poderia ter acumulado, considerando que seu salário no Dersa era de R$11 mil. Além disso, o senhor Von Richthofen enviava dinheiro para uma conta na Suíça que o Ministério Público “desconfia” estar em nome do senhor Von Richthofen e de sua filha, senhorita Suzane. Ou seja, o móvel do crime perpetrado pela filha contra os pais seria exatamente o dinheiro do caixa 2 tucano que estaria depositado nessa conta.”

*limpinhocheiroso

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