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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 10, 2015


Kirchner a Lula: "Tenés que ser el embajador para que Argentina entre en el BRICS"


"Que Argentina ingrese al BRICS y que ahora sea BRICSA", ha dicho la presidenta de la República Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, en un discurso pronunciado en la Casa Rosada.
"Que Argentina ingrese al BRICS y que ahora sea BRICSA", ha dicho la mandataria argentina Cristina Fernández de Kirchner en la inauguración de la Unidad de Pronta Atención (UPA) de la localidad bonaerense de José C. Paz. "Lula debe ser embajador para que Argentina ingrese al BRICS", ha agregado la presidenta.
"Nosotros no somos un país de especulación financiera […], somos plaza de producción y de trabajo y de investigación y de educación", ha declarado Kirchner. "La culpa de la crisis [financiera] la tienen los que crearon burbujas financieras, los que especularon, los que crearon falsas hipotecas, los que vaciaron bancos", ha agregado la presidenta haciendo referencia a la crisis económica de 2008.
"Siempre nos habían tratado de enfrentar", ha denunciado Kirchner en referencia a las relaciones entre Brasil y Argentina. "Necesitaban Argentina y Brasil separados y divididos para subordinarnos", ha agregado. "Por eso, tenemos que profundizar la integración latinoamericana porque allí está nuestro lugar y nuestro destino".
"Vamos a tener que buscar una nueva forma alternativa", ha insistido la presidenta al dirigirse al expresidente brasileño Lula que también ha presenciado el evento. "Vos tenés que ser el embajador para que Argentina integre en el BRICS y ya no sea más BRICS sino BRICSA", ha anunciado Kirchner.

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