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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 18, 2015

Globo nas trevas: Ninguém quer patrocinar o Jornal Nacional ?

Todas as evidências no site do Jornal Nacional da TV Globo apontam que o telejornal não tem mais nenhum patrocinador
17/09/2015

Glbotrevas

Como anunciar alimentos em um telejornal onde quem assiste fica com azia e indigestão? Quem leva a sério o JN fica em pânico, com medo de consumir.

Antes, no título da página da internet, ao lado do quadro de busca, aparecia “Oferecimento: Sadia”. Agora a Sadia caiu fora e não aparece nem o quadro “oferecimento”. Ou seja, não aparece NENHUM patrocinador.
Empresário tem que ser maluco e rasgar dinheiro para vincular suas marcas ao catastrofismo de fim-de-mundo pregado diariamente no telejornal. Tem que ser maluco para anunciar onde espanta consumidor.
No momento em que estou escrevendo esta nota, é preciso rolar a página do JN duas vezes para aparecer o primeiro banner lateral de anúncio (o que indica baixíssimo interesse de anunciantes). Este banner é, pasmem, anúncio do mecanismo do Google.
Ou seja, para captar anúncios, só sobrou à Globo fazer o que qualquer internauta pode fazer em seu blog: colocar um banner do Google adsense.E, pior, o Google fica com a maior parte da receita e a Globo fica só com a rebarba do que o anunciante paga ao Google.
Mas os problemas de faturamento da Globo não acabaram.
Advinhem quem é o anunciante neste momento em que escrevo a nota, neste banner? A própria Globo anunciando um programa seu, um tal “Estrelas … sábado à tarde”.
Ou seja, conclui-se que a Globo está pagando ao Google para anunciar seus próprios programas de sábado à tarde no próprio site do JN.
Quem te viu, quem te vê, hein “dona” Globo? Tendo que pagar e pedir o penico ao Google para sobreviver.
Há pouco tempo o patrocinador do JN era o Bradesco. Caiu fora. Depois entrou a Sadia. Ao que tudo indica também caiu fora.
Desse jeito, quem fechará primeiro? A revista Veja ou a TV Globo?
(fonte reprodução:Os amigos do Presidente Lula)

*BR29

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