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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 14, 2010

A bola da vez do PIG a Copa de 2014






O "caosaéreo" está de volta

Aqui jaz o helicóptero da seleção da Espanha


O PiG (*) tentou furiosamente derrubar o presidente Lula em dois dramáticos episódios.

Um, quando os pilotos americanos do Legacy se esqueceram de ligar o transponder e derrubaram o avião da Gol.

O PiG (*) ficou ao lado dos (advogados brasileiros dos) americanos e disse que o avião da Gol caiu por causa do presidente Lula e do “caosaéreo”.

Depois, foi a tragédia da TAM em Congonhas.

O PiG, primeiro, disse que uma chuvinha, que produzisse uma poça da altura de uma moeda de um Real seria capaz de derrubar o Airbus, tal a inépcia do presidente Lula.

Depois, disse que o presidente Lula se esqueceu de pisar no freio do Airbus da TAM.

Sempre, a culpa era dele.

Esse lamentável da TAM em Congonhas episódio teve a desastrosa conseqüência de provocar a substituição do grande brasileiro Waldir Pires pelo serrista Nelson Jobim, aquele que produziu uma babá eletrônica e derrubou o inclito delegado Paulo Lacerda da ABIN, para conter a fúria do Gilmar Dantas (**).

O jornal nacional de hoje reproduz o Globo desta manhã – clique aqui para ler “ a Globo quer detonar a Copa de 2014 no Brasil. O Itaú também ?” – O jornal nacional instala o “casaosárero”, de novo.

Segundo o jornal nacional de hoje, quando a seleção da Espanha chegar para a Copa de 2014, ficará presa num engarrafamento monstro no Galeão, terá que ser resgatada de helicóptero, sob a
artilharia pesada dos traficantes na Linha Vermelha.

Aqueles que derrubaram um helicóptero da Policia e levaram a Olimpíada de 2016 de volta para Madrid.

O jornal nacional, hoje, prevê que os aeroportos brasileiros não conseguirão administrar o aumento da demanda de hoje, quanto mais uma Copa do Mundo.

Como se sabe, segundo o PiG, o Brasil é uma tribo de idiotas.

E quando o carregamento de lugares comuns do Galvão chegar de Monte Carlo ?

Aí mesmo é que o Galeão vai entupir.

Se o Galvão não cair antes de 2014, como previu o David Ogilvy.

Prepare-se, amigo navegante.

Até a Copa abrir no Mineirão em 2014, o jornal nacional vai anunciar muito “caoesáereo”.

Como diria o Jabor: quem mandou o pobre aprender a andar de avião ?

Sabe quanto custa ir a Nova York pela American, em dez prestações ?

R$ 500.

Que horror !

Onde já se viu a classe “C” ir a Nova York ?

Antigamente, isso era privilégio dos colonistas (***) do PiG.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista (***) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (***) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

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