Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 20, 2010

A direita raivosa é golpista. A midiazinha sem-vergonha é parte da direita raivosa. Logo, a midiazinha sem-vergonha é golpista.






Você é inteligente?

image

GilsonSampaio

Silogismo é um exercício de lógica, uma argumentação baseada em duas premissas que induzem a uma conclusão por dedução.

Ex.: A direita raivosa é golpista. A midiazinha sem-vergonha é parte da direita raivosa. Logo, a midiazinha sem-vergonha é golpista.

Podem ser usadas para o bem e para o mal, pelos bons e pelos maus.

Zé Pedágio, Índio e a tribo midiática sem-vergonha estão usando a técnica para atacar de forma mentirosa a candidatura de Dilma Rousseff.

Usando o mesmo artifício da direita raivosa, proponho brincar com os silogismos.

Exercitem seus cérebros e contribuam.

Silogismo é um exercício só para inteligentes. Você se exercitou e deixou um ou mais silogismos nos comentários. Logo, você é inteligente. (he he he he he )

Como incentivo, apresento minha contribuição, uns são tão canalhas como os que Zé Pedágio e Índio espalham pela midiazinha sem-vergoinha, outros, não.

__________________________________________________________

Democratas é o partido mais corrupto do Brasil. Serra fez aliança com os Democratas. Logo, Serra é corrupto.

FHC quis vender o país. Serra, por duas vezes, foi ministro de FHC. Logo, Serra quer vender o país.

Quem se apropria da idéia dos outros é desonesto. Serra se apropriou do FAT, dos genéricos e dos remédios para AIDS. Logo, Serra é desonesto.

Maconha é uma droga. FHC defende a descriminalização. Logo, FHC é maconheiro.

Todo mentiroso não cumpre com os compromissos assumidos. Serra assinou compromisso de não renunciar à prefeitura de SP e renunciou. Logo, Serra é mentiroso.

Homenagem ao criador dos genéricos

Dilma provoca rival tucano em alusão ao programa dos genéricos
Em evento, candidata petista fez menção especial ao médico Jamil Haddad, a quem atribuiu a paternidade dos genéricos
No evento em que recebeu a proposta de programa de governo do PSB, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aproveitou para dirigir uma provocação a seu principal adversário, o candidato tucano José Serra, sem mencionar, explicitamente, o nome dele. Ao lembrar os principais fundadores do PSB, citando o ex-governador Miguel Arraes e João Mangabeira, Dilma fez menção especial ao médico Jamil Haddad, morto em dezembro último, a quem atribuiu a paternidade de programas como o Sistema Único de Saúde (SUS) e os medicamentos genéricos.
"Um homem do porte de Jamil Haddad, responsável pela criação do SUS e dos medicamentos genéricos ... É importante atribuir a autoria a quem de direito", frisou, numa estocada indireta em Serra, que avoca para si a criação dos genéricos.

Haddad foi ministro da Saúde no governo de Itamar Franco (de 1992 a 1995). Sua gestão foi marcada pela luta pela universalização do serviço médico gratuito, pela implantação do SUS e pela criação dos medicamentos genéricos. O PSB trava uma disputa particular com Serra, a quem acusa de tentar retirar de Haddad a paternidade dos genéricos.
Agência Estado
docomtextolivre

Nenhum comentário:

Postar um comentário