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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 16, 2010






A Festa Do Rodo Anel, E O Nosso Ó

Governo paulista autoriza edital para concessão do rodoanel

E Tome Pedágio Paulista

rodoanel O governo de São Paulo deve lançar em julho o edital para concessão, por 35 anos, dos trechos sul e leste do rodoanel. O lançamento foi autorizado ontem em decreto assinado pelo governador Alberto Goldman (PSDB).
A empresa ou consórcio que explorar o trecho sul, que custou R$ 5 bilhões aos cofres públicos e foi inaugurado no início do ano, será autorizada a cobrar pedágio inicial de até R$ 6, com reajuste anual pelo IPCA, depois de cumprir um programa de investimentos ainda indefinido pelo governo. E terá que executar em 36 meses as obras do trecho leste, de 42,4 km, onde a tarifa inicial do pedágio custará R$ 4,50.
A concessionária poderá antecipar a cobrança do pedágio no trecho leste assim que concluir as obras de conexão com o trecho sul e a rodovia SP-66.
Como outorga fixa, a concessionária vai pagar R$ 370 milhões ao estado.

http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=18856
doamoralnato

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