Pedágio derruba mais um jornalista da TV Cultura
Há uma semana, Gabriel Priolli foi indicado diretor de jornalismo da TV Cultura.
Ontem, planejou uma matéria sobre os pedágios paulistas. Foram ouvidos Geraldo Alckmin e Aluizio Mercadante, candidatos ao governo do estado. Tentou-se ouvir a Secretaria dos Transportes, que não quis dar entrevistas. O jornalismo pediu ao menos uma nota oficial. Acabaram não se pronunciando.
Sete horas da noite, o novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, Fernando Vieira de Mello, chamou Priolli em sua sala. Na volta, Priolli informou que a matéria teria que ser derrubada. Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre as viagens dos candidatos.
Hoje, Priolli foi demitido do cargo. Não durou uma semana.
Semana passada foi Heródoto Barbeiro, demitido do cargo de apresentador do Roda Viva devido às perguntas sobre pedágio feitas ao candidato José Serra.
Para quem ainda têm dúvidas: a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder de mídia, que já tem, o poder de Estado.doluisnassif
sábado, 10 de julho de 2010
Pedágio em São Paulo faz mais uma vítima
PT de SP quer saber por que mandaram
(ele ?) diretor de TV pública embora
O Conversa Afiada reproduz e-mail do implacável Stanley Burburinho:
PT-SP pede apuração de afastamento de diretor de jornalismo da TV Cultura
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
O PT-SP vai solicitar ao Ministério Público Eleitoral que faça uma apuração “rigorosa” sobre o afastamento do jornalista Gabriel Priolli da direção de jornalismo da TV Cultura.
“Se a legislação eleitoral é rigorosa com os veículos de comunicação em geral e seu uso durante as eleições, deve ser ainda mais [rigorosa] quando se trata de um veículo público, que é abastecido com recursos do contribuinte”, disse Aloizio Mercadante, petista candidato ao governo de São Paulo.
A decisão o afastamento de Priolli, tomada pelo jornalista Fernando Vieira de Mello, vice-presidente de conteúdo da emissora, alimentou boatos a respeito da ingerência política sobre o canal.
Nos corredores da emissora e na blogosfera, circula a informação de que, por trás da saída de Priolli, está uma reportagem sobre problemas e aumento nos pedágios.
A reportagem teria sido derrubada por Mello. “A reportagem não foi ao ar na quarta-feira por uma razão simples: não estava pronta”, disse Mello.
“Eram ouvidos só [Geraldo] Alckmin e Mercadante. Em período eleitoral, somos obrigados a ouvir todos os candidatos. Foi isso que fizemos”, acrescentou.
doconversaafiada
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