Globo x Folha: programa de Dilma já não é “radical”
A Folha de S.Paulo na sua eterna perseguição a Dilma Rousseff não heistou em classificar de radical o programa de governo encaminhado inicialmente ao TSE, que defendia, entre outras questões, o combate “ao monopólio dos meios eletrônicos” de comunicação.
Como as empresas do Grupo Folha não possuem meios eletrônicos, pode-se subtender que agiu com altruísmo de classe, defendendo o monopólio destes meios, mesmo que não estejam em suas mãos.
Mas como diz o velho ditado, pimenta nos olhos dos outros… No dia em que destacou o radicalismo do programa de Dilma, o Grupo Folha foi obrigado a se defender das Organizações Globo, que entraram na Justiça contra o UOL, portal do grupo, com a alegação de aproveitamento ilícito das imagens da Copa do Mundo.
O UOL teve que se defender do poderio global, afirmando seguir “estritamente” a legislação brasileira, se fundamentando na Lei Pelé, que permite a todos os meios de comunicação a utilização jornalística de vídeos desde que tal exibição se restrinja a 3% do tempo total de cada evento.
Mas a Globo não quer saber desses argumentos e pede a retirada imediata de todos os vídeos dos gols da Copa 48 horas após a primeira veiculação, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. E cobra ainda custas judiciais, honorários dos advogados e indenização de US$ 2 milhões.
O mais curioso, porém, na matéria do UOL, é que ela cita que a Globo funciona sob concessão pública e que é reincidente em tentar impedir a veiculação de certos conteúdos pelo portal. Será que a Folha virou radical do dia para a noite e passou a defender algum tipo de combate ao monopólio dos meios eletrônicos de comunicação?
Pelo último parágrafo da matéria do UOL dá até para imaginar que sim, já que cita que o programa de Dilma propunha o combate ao monopólio da mídia, mas acabou alterado. Desta vez, o tom pareceu de lamento e o adjetivo radical desapareceu por completo do contexto.
dotijolaço
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