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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, novembro 02, 2010

Dedicado à Dilma: Introdução à Música Popular Búlgara

Dedicado à Dilma: Introdução à Música Popular Búlgara


Por Fernando Augusto Botelho ...
João Leitão VIAGENS no Facebook
Quero partilhar um pouco de informação sobre um tipo de música que existe na Bulgária. Eu já por si só, gosto de vários estilos dentro da música da região dos Balcãs, e inclusivamente de vários estilos dentro da música búlgara.
Há um tipo de música tradicional composto por várias mulheres, os conhecidos coros femininos bulgaros de vozes angelicais. Parece que depois de se ter feito uma análise ao timbre e ao tipo de sons que atingem, chegou-se à conclusão de serem de facto o tipo de vozes mais claras que se pode fazer, um tipo de som perfeito.
É engraçado que a NASA faz alguns anos, teve que escolher um tipo de música para enviar para o Espaço. Depois de várias pesquisas e exames a nível sonoro, chegaram eles também à conclusão que estas vozes búlgaras de coros femininos eram realmente o de mais puro e avançado que existe no nosso planeta, o melhor para poder então partilhar para o Espaço, na tentativa de que se mais alguém para além do nosso sitema solar, ouça e receba alguma mensagem, ao menos que ouça o que melhor há no nosso planeta. :)




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