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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 11, 2012

E se essa moda 'pega'...?! - Ex-chefe do TJ-SP liberou R$ 1,5 milhão para si próprio

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O ex-presidente do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, desembargador Roberto Bellocchi, liberou para si próprio um pagamento de R$ 1,5 milhão, conforme investigação conduzida pela Corte. 

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Ele recebeu o valor no biênio 2008-2009, quando estava à frente do TJ. O valor, segundo a investigação, é o maior benefício pago pelo Tribunal a um único desembargador. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Bellocchi afirmou que a questão está 'superada' e que não tem nada a falar sobre ela. Conforme ele, o assunto será "encaminhado para providências devidas" no Tribunal. Ele disse que houve "créditos legítimos, públicos e parcelados".

Portal Terra

CNJ - ELIANA CALMON DIZ QUE ESTA VENDO 'A SERPENTE NASCER' E NÃO VAI SE CALAR


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A ministra Eliana Calmon, corregedora nacional da Justiça mandou um recado àqueles que querem barrar o seu caminho, se referindo aos juízes que não aceitam que magistrados sejam investigados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). "Eles não vão conseguir me desmoralizar, isso não vão conseguir", disse Calmon, que ainda avisou que não vai recuar nas investigações.

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"Eu estou vendo a serpente nascer, não posso me calar", declarou a ministra em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Rebatendo as críticas feitas pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello no programa Roda Viva, da TV Cultura, onde ele a comparou com um xerife, Eliana Calmon reafirmou que não vai ceder. 
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O que é mesmo que esse vaidoso e arrogante servidor público no judiciário quer?

"Os tempos mudaram e eles não se aperceberam, não querem aceitar. Mas é um momento que eu tenho que ter cuidado para não causar certo apressamento do Supremo, deixar que ele (STF) decida sem dizer, 'ah, mas ela fez isso e aquilo outro, ela é falastrona, é midiática'. 

Então eu estou quieta. As coisas estão muito claras", disse. Sobre as liminares do STF que esvazia as atribuições do CNJ, Eliana diz acreditar que elas possam ser derrubadas e que o trabalho do conselho possa continuar a ser feito. O entendimento de Marco Aurélio é de que somente os tribunais locais podem abrir processos para investigar irregularidades cometidas por magistrados.
*militânciaviva

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