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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, janeiro 16, 2012

MANIFESTO DE SOLIDARIEDADE À SÍRIA

 do Somos Todos Palestinos

A Síria está sofrendo uma série de atentados terroristas que atingem diretamente a população,  cujo objetivo é  desestabilizar o governo, provocar guerra civil e uma intervençaõ militar da OTAN. A estratégia empregada é muito semelhante a empregada na Líbia. Mas,  as massas síria estão nas ruas respondendo com bastante vigor o intento imperialista. Seguindo a tradição da esquerda internacionalista  de nosso país, as Entidades brasileiras ,abaixo relacionadas,  lançam um Manifesto de solidariedade à luta anti imperialista travada pelo povo sírio e em Defesa de sua Soberania, obviamente, são as entidade brasileiras  que se  encontram perfiladas ao lado dos anti imperialistas sírios contra a guerra ,calculadamente construída pelo sionismo.
M A N I F E S T O 
Manifestamos nosso enérgico repúdio aos atentados terrorista praticado  contra o povo sírio, sua unidade e sua soberania, que tem causado a morte de dezenas de pessoas e muitos feridos, perpetrado por forças que querem destruir  a unidade síria, impedir as reformas e favorecer o imperialismo e o sionismo no Oriente Médio.
Não temos dúvidas de que estas violentas agressões contra inocentes civis sírios são parte da estratégia imperialista/sionista   que se utiliza e orienta  grupos mercenários e fundamentalistas oportunistas a criar entre a população um clima de guerra psicológica e terrorista, cujo principal objetivo é levar ao sectarismo e  criar enfrentamentos, incitando à guerra civil .
Nesse sentido a mídia mundial funciona como um instrumento de guerra eficaz, quando faz coro com as manipulações criadas pelas forças de segurança  dos EUA e de Israel, que justificam os massacres perpetrados por  seus exércitos e pela OTAN  em nome da democracia e da necessidade de proteção da população nativa. Na verdade o que querem é dominar, destruir, matar e ocupar o país.
No caso da Síria, censuram as notícias sobre os ataques de grupos terroristas à população e culpam  o governo de Bashar AL - Assad , invertendo os papeis: a vítima transforma-se no criminoso; o criminoso  em vítima.
A Síria é o principal pilar da resistência antiimperialista e antisionista do Oriente Médio, do  nacionalismo árabe e da convivência pacífica entre diversas etnias  e religiões. A Síria foi o único país árabe que acolheu além dos palestinos desde 1948,  mais de 1,5 milhão iraquianos que largaram para trás seu país, após a bárbara invasão estadunidense, onde foram utilizadas bombas de fragmentação, urânio empobrecido e outras armas proibidas pelas Convenções de Genebra.
Nós, brasileiros, acreditamos na força e na determinação do povo sírio, que tem respondido, nas ruas das cidades e províncias  diariamente, de uma forma unitária e muito firme, as estratégias criminosas da qual têm sido vitimas.  Todo nosso apoio e solidariedade internacionalista ao povo sírio e sua forte unidade nacional. Estamos lado a lado com a Siria e condenamos qualquer ingerência externa em seus assuntos.
Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Estado do Rio de Janeiro
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino do Estado de Santa Catarina
Movimento Palestino Brasileiro pela Paz no Oriente Médio / Rio de Janeiro
MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
PCB - Partido Comunista Brasileiro
MTD – Movimento dos Trabalhadores Desempregados
Brigadas Populares
CTB – Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil
CEBRAPAZ – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz
União da Juventude Comunista
Unidade Classista - Corrente Sindical do PCB
FEARAB – Federação de Entidades Árabes da América/RJ
Club Sírio e Libanês
União CulturalL Árabe- brasileira
Sociedade Beneficente Feminina Árabe-Brasileira
Sociedade beneficente Muçulmana Alauita
Sociedade Ortodoxa São Nicolau
*GilsonSampaio

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