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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, janeiro 16, 2012

O estranho ruído que vem do céu


A partir de 2011 um estranho fenômeno vem ocorrendo em diferentes partes do mundo, aterrorizando populações locais.
                     
Sons de origem difusa que se parecem com rangidos reverberados de engrenagens metálicas, subitamente ecoam por minutos ou até mesmo por hora a fios, como na Indonésia em agosto de 2011 (veja o vídeo abaixo).

No Brasil a ocorrência se verificou em Curitiba em novembro passado, não sendo objeto de notícia nos grandes meios de comunicação. A discussão sobre o tema já é intensa na internet e só agora começa a merecer a atenção de especialistas em radioastronomia, geofísica e cosmologia dos principais centros de pesquisa do mundo.

A incidência de casos tem se intensificado desde o fim do ano e as causas aventadas por astrofísicos do Instituto Max Panck em Garching, Munique, apontam para fricções magnéticas de grande envergadura relacionadas com oscilações no continuum espaço-tempo em razão de deslocamentos de massa escura que compõe a maior parte do universo não visível.

Há preocupações de que as alterações gravitacionais remotamente associadas a turbulências interestelares possam evoluir para qualquer perturbação orbital capaz de interferir, em medidas mínimas, com o eixo de inclinação da terra.

Nesse caso, haveria uma aceleração de processos naturais já andamento como o degelo de geleiras e erupções vulcânicas disseminadas pelo globo, em particular no chamado cinturão de fogo que percorre a linhas de configuração das placas tectônicas sobre as quais se assentam mares e continentes.

Embora o caso não deva causar pânico, episódios cataclísmicos com força de alterar as condições de sobrevivência do homem na terra foram recorrentes ao longo as eras geológicas, em ciclos de longa ou mais curta duração. Como o de que agora nos aproximamos ao completar 10.000 anos do último período glacial.

A deduzir-se pelo padrão de comportamento pelos quais se pautam as autoridades internacionais e nacionais quanto a eventos que possam causar comoção pública, a tendência é de que haja ocultamento de informações e pouca ou nenhuma divulgação dos fatos até que haja algum consenso entre os grandes centros científicos do mundo.

No entanto, não parece correto que parte da população mundial careça de informações sobre os fenômenos enquanto outra parte, a partir da ciência dos fatos, possa acompanhar a discussão dos acontecimentos e de algum modo preparar-se para seus desdobramentos, quaisquer que sejam suas implicações para o futuro e segurança da humanidade.

*Brasilquevai

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