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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, março 19, 2012

Alckmin inventa 'pedágio sobre o IPVA' para custear ciclovias


Paulistas donos de carros a gasolina escondam suas carteiras quando um tucano passar por perto!

Baixou o espírito do Zé Pedágio no Secretário estadual do Meio Ambiente Bruno Covas (PSDB), agora José Serra (PSDB) se lançou candidato a prefeito da capital.

Bruno Covas reuniu 18 membros do Conselho Estadual do Meio Ambiente para lançar e aprovar a proposta de criar uma "ciclotaxa" a ser paga pelos 4,2 milhões de donos de carros a gasolina no estado, para incentivos ao uso da bicicleta.
A "inventiva" proposta é uma espécie de pedágio sobre o próprio pagamento do IPVA. 
O motorista paulista já paga um dos IPVA's mais caros do Brasil, e na guia de pagamento já viria incluído um "pedágio" extra de R$ 15,00 a R$ 25,00 para incentivo ao uso da bicicleta.
Segundo a versão noticiada pela Folha tucana, o secretário do governador Alckmin (PSDB) foi "bonzinho" ao "só" cobrar a taxa dos 4,2 milhões de carros à gasolina, porque são mais poluentes.
Para a taxa vigorar, Alckmin precisa enviar projeto de lei à Assembleia Legislativa. Como é ano eleitoral, as apostas são de que o governador dissimulará até passar as eleições, só tomando a iniciativa no final do ano, quando todos estiverem distraídos com as festas natalinas.
Por que Alckmin não enfia essa ciclotaxa no... ... lucro das concessionárias de pedágios, cujos lucros exorbitantes cresceram com a proliferação de praças de pedágios, fechando o cerco sobre os motoristas por todos os lados, durante a gestão de José Serra?
*osamigosdopresidentelula

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