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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 14, 2012

Israel é o maior perigo para a paz mundial - notícia do ano de 2004

Antes...


Depois...


Sessenta por cento dos europeus vê Israel como o maior perigo para a paz mundial. Foi o que mostrou uma pesquisa de opinião realizada pela União Européia com a participação de 7.500 pessoas de 15 países-membros da UE (500 de cada país). Em segundo e terceiro lugar apareceram o Irã e os Estados Unidos, seguidos pela Coréia do Norte, pelo Afeganistão e pelo Iraque. Em relação a Israel, a metade dos europeus crê que os cinco milhões de judeus do Estado de Israel são uma ameaça maior para a paz no mundo do que seus vizinhos árabes, que somam 500 milhões de habitantes e nos últimos anos tentaram acabar com Israel através de diversas guerras de agressão. Desse modo, cinqüenta por cento dos europeus concordam com os muçulmanos, que afirmam ser Israel o demônio do mundo.

O Ministério do Exterior de Israel reagiu indignado à publicação dos resultados negativos da pesquisa, que prejudicam ainda mais a imagem de Israel perante o mundo. "Por que, afinal, uma pesquisa dessas foi feita? E por que a União Européia publicou os resultados? " No Ministério do Exterior e no gabinete do primeiro-ministro de Israel supõe-se que a UE deseja arruinar a imagem do Estado judeu. Diferentemente do que ocorre nos países muçulmanos ou na Coréia do Norte, Israel se vê confrontado com um perigoso terrorismo. Mas essa realidade não foi mencionada na pesquisa. Simplesmente perguntou-se às pessoas qual país elas consideravam a maior ameaça para a paz no mundo. "O fato da UE ter apresentado apenas uma lista de quinze países foi uma tática desonesta e influenciou de antemão os entrevistados", afirmaram funcionários do Ministério do Exterior. Um porta-voz do Vaticano condenou a publicação da pesquisa da UE, classificando-a de anti-semitismo maldoso.

Terrorismo é legal; combatê-lo é ilegal

O que teria motivado os europeus a assumirem essa posição antiisraelense seriam as constantes imagens de soldados israelenses armados presentes nos territórios palestinos e o controverso muro de segurança ao redor dos territórios autônomos palestinos.

O ministro israelense para Assuntos Judeus na Diáspora, Natan Sharansky, avalia que aumentam as evidências de que a crítica política dos europeus oculta uma postura anti-semita. "Os europeus, que tanto se empenham pelos direitos humanos no mundo inteiro, finalmente deveriam coibir a lavagem cerebral contra Israel e o denegrimento do Estado judeu nos países árabes", declarou Sharansky.
Para o Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles, a pesquisa é um sinal de que a mídia européia fez um "bom trabalho" e alcançou seus objetivos nos muitos anos em que passou condenando Israel. O que teria motivado os europeus a assumirem essa posição antiisraelense seriam as constantes imagens de soldados israelenses armados presentes nos territórios palestinos e o controverso muro de segurança ao redor dos territórios autônomos palestinos. A luta de Israel contra o terrorismo passou a ser considerada pelos europeus como evidente agressão ao povo palestino, enquanto o terrorismo é apresentado como legítimo e justificado.

Cartão amarelo para Israel

Conforme o Dr. Alon Li’al, os europeus repreenderam Israel com um cartão amarelo, como ocorre nos jogos de futebol. "Devemos nos perguntar se os europeus realmente nos odeiam ou se eles têm medo de nós porque representamos uma ameaça à paz mundial", disse o Dr. Li’al, que foi diretor-geral do Ministério do Exterior no governo de Barak. Na sua opinião, os europeus têm medo. Esse medo, porém, não deveria tê-los induzido a usar truques políticos contra Israel. "Para estabelecer a paz sempre são necessárias duas partes interessadas. Mas o mais importante "parceiro" de Israel, Yasser Arafat, o chefe da OLP, foi excluído da pesquisa da UE", declarou o Dr. Li’al. "Em 1994 os europeus recompensaram Arafat com o prêmio Nobel da Paz e agora ele foi mais uma vez honrado pela UE. O arquiteto da presente onda de violência não foi mencionado na pesquisa e, assim, foi poupado."

Fonte: Publicado na revista Notícias de Isarel - 2004  (israel heute - http://www.beth-shalom.com.br)
*prezadocarapalida

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