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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, março 13, 2012

Malufista assume o comando da CBF

Triste o fim do futebol brasileiro.Saiu um corrupto e entra um aliado de corrupto.
A nova velha cara do futebol brasileiro

Malufista e ex-governador de São Paulo, José Maria Marin vai ocupar a presidência da CBF até 2014, após a renúncia definitiva de Ricardo Teixeira; ele pode neste período renovar a entidade após 23 anos da era Teixeira?

Lucas Reginato _247 - Após 23 anos, Ricardo Teixeira deixou a CBF. Em seu lugar, quem assume é José Maria Marin, que, aos 80 anos, será a “nova” cara do futebol brasileiro. O ex-governador chega à presidência por ser o vice há mais tempo no poder e vai comandar a entidade por 90 dias – tempo em que se prevê a organização de novas eleições.
Ex-jogador de futebol, o novo presidente tem histórico político extenso – era o vice de Paulo Maluf em 1982 quando, após o governador – eleito indiretamente – deixar o cargo para candidatar-se a deputado federal, assumiu o Estado de São Paulo durante nove meses.
A ascensão do são-paulino Maria Marin não representa exatamente uma renovação. O novo presidente sempre esteve ao lado de Ricardo Teixeira e por isto permaneceu tanto tempo na Confederação Brasileira de Futebol. Mais do que isso, ele também assume o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, no qual também estão Ronaldo e Bebeto, nomeações do próprio Teixeira.

Ao comentar o assunto na coletiva em que anunciou a renúncia de seu colega, Marin cometeu a gafe de dizer que quem estaria ao seu lado no COL seria Romário. O baixinho, como se sabe, é na verdade um opositor da atual gestão.
José Maria Marin foi obrigado a responder também sobre o recente episódio em que, durante uma premiação da Copa São Paulo de Futebol Junior, foi flagrado por câmeras colocando uma medalha no bolso. O cartola limitou-se a explicar de que o caso foi uma “verdadeira piada”, e, na verdade, a medalha era uma cortesia da Federação Paulista de Futebol.
Durante estes 90 dias, o novo presidente deve organizar uma nova eleição, que já tem seus principais postulantes. Marco Pollo del Nero, da Federação Paulista de Futebol, e Rubens Lopes da Costa Filho, da Federação Carioca, devem ser os principais concorrentes ao cargo.
*Oterrordonordeste

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