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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, março 08, 2012

Ricardo Teixeira pede afastamento da presidência da CBF

 

Record inicia série de denúncias que derrubaram o dirigente
Ricardo Teixeira está de licença da CBF. Nesta quinta-feira (8), o presidente da entidade confirmou seu afastamento aos presidentes das 27 federações de futebol no Brasil, alegando motivos médicos para se afastar por tempo indeterminado.
Em seu lugar, assumirá José Maria Marin, vice-presidente da CBF e que, recentemente, ganhou notoriedade aoroubar uma medalha após a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
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Documentário denuncia Teixeira por corrupção
Ricardo Teixeira, no cargo há 23 anos, vinha sendo bastante pressionado e sua renúncia chegou a ser dada como certa antes do Carnaval. Uma série de denúncias de corrupção, iniciadas pela Rede Record, minaram a credibilidade do cartola.
Porém, ao retornar de viagem a Miami (EUA), no fim do mês passado, descartou a possibilidade de sair e retomou suas atividades à frente da CBF.
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Agora, com menos pressão, adota uma saída estratégica. Não se sabe, contudo, se desta vez voltará ao comando da entidade ou se a deixará nas mãos de Marin. O dirigente assume o posto em caso de renúncia por ser o vice-presidente mais velho, com 79 anos.
Além de ser presidente da CBF, na qual tem mandato até 2015, Ricardo Teixeira acumula a função de presidente do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, que será disputada no Brasil.
Ao seu lado, em busca de mais prestígio, colocou os ex-atacantes Ronaldo e Bebeto como conselheiros. Ao pedir licença da entidade, o cartola também se afasta, por um mês, do Comitê.
http://esportes.r7.com/futebol/noticias/ricardo-teixeira-pede-licenca-da-presidencia-da-cbf-20120308.html?question=0

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