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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, março 12, 2012

Ricardo Teixeira renuncia e deixa CBF após 23 anos

Já VAi TARDE

 

 

MARCUS VINÍCIUS PINTO 
Terra

Ricardo Teixeira não é mais presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. José Maria Marin, que assumiu a entidade após licença pedida pelo dirigente, anunciou nesta segunda-feira em entrevista coletiva no Rio de Janeiro que assume a CBF até o final do mandato de seu antecessor, que vai até o final de 2014.
"Deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação de dever cumprido", afirmou Teixeira em comunicado citado por Marin. O novo presidente ainda disse que não haverá novas eleições e que dará sequência ao trabalho que vinha ocorrendo.
"Preciso dar continuidade a esse estupendo trabalho que o Ricardo realizou, a essa administração moderna. Eu insisti para que todos os diretores continuassem, porque nós precisamos da experiência deles para que a CBF na trilha do sucesso e da boa administração. Quem é da confiança do Teixeira é da minha confiança", disse Marin.
Ricardo Teixeira foi eleito para o comando da organização que rege o futebol brasileiro em 1989, e seguiu no cargo desde então. Ele deixa a presidência da CBF alegando problemas de saúde, que também o teriam afastado da entidade no último mês de outubro.
Seu substituto, Marin, foi jogador de futebol e presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), e assumiu a CBF por ser o vice-presidente mais velho. O novo comandante da entidade foi governador biônico de São Paulo por alguns meses após a saída de Paulo Maluf, que se candidatou a deputado federal.
Marin foi alvo de polêmica no último mês de janeiro ao ser visto colocando em seu bolso uma medalha que seria dada aos jogadores do Corinthians campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior na festa do troféu.

*esquerdopata

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