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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, novembro 29, 2013

EM MEIO A TENSÕES, PEQUIM ENVIA PORTA-AVIÕES AO MAR DA CHINA MERIDIONAL

China mostra força e apresenta toneladas de "diplomacia" 

EM MEIO A TENSÕES, PEQUIM ENVIA PORTA-AVIÕES AO MAR DA CHINA MERIDIONAL
O porta-aviões chinês Liaoning partiu nesta terça-feira do porto de Qingdao, no litoral leste da China, para realizar uma missão de treino no Mar da China Meridional, ação que ocorre em um momento de grandes tensões com seus países vizinhos na região por disputas marítimas e territoriais. 

 [foto:www.defesaaereanaval.com.br]
É a primeira missão de ultramar da embarcação da armada chinesa, explicou o capitão Zhang Zheng em entrevista à agência oficial Xinhua.
A agência explicou que a manobra tem caráter rotineiro e já estavava programada anteriormente. Acompanham o "Liaoning" dois destróieres, o "Shenyang" e o "Shijiazhuang", e duas fragatas, a "Yantai" e a "Weifang", os quatro armados com mísseis.
A missão ocorre no meio de um novo conflito diplomático entre Pequim e Tóquio por causa da criação pela China de uma zona de defesa aérea que inclui as ilhas Diaoyu (Senkaku para os japoneses), administradas de fato pelo Japão mas que o regime comunista reivindica há décadas. 
A missão da frota chinesa não se desenvolve em águas próximas a essa zona em conflito (Mar da China Oriental), mas os cinco navios as atravessam em sua viagem ao Mar da China Meridional, onde, por outro lado, a China tem outras disputas territoriais, neste caso com as Filipinas e Vietnã, pelas ilhas Spratly e Paracel. Na missão, o porta-aviões chinês testará seu equipamento e suas tropas e provará a embarcação em diferentes condições meteorológicas, declarou o capitão. 

 Logo em seguida ... Cutucando o "Dragão Chinês"

 BOMBARDEIROS DOS EUA INVADEM ZONA DE DEFESA AÉREA CHINESA 
[foto:www.norteverdadeiro.com]

 Dois aviões bombardeiros americanos B-52 entraram na polêmica zona de defesa aérea disposta pela China, sem informar Pequim, segundo dirigentes americanos nesta terça-feira. Os aviões, que não levam qualquer tipo de armamento, decolaram na segunda-feira da ilha de Guam no Pacífico.
Seu voo estava previsto há tempos e faz parte de um exercício na zona, segundo a fonte. "Ontem à noite (segunda-feira), realizamos um exercício que estava planejado há tempos. Envolveu duas aeronaves que partiram de Guam", afirmou o porta-voz do Pentágono, coronel Steven Warren, aos jornalistas.
O plano de voo não foi entregue às autoridades chinesas com antecedência e a missão transcorreu sem incidentes, afirmou Warren. Os dois aviões permaneceram menos de uma hora na zona aérea de identificação decretada unilateralmente no sábado pelo governo chinês, acrescentou. 
Um funcionário da defesa americana, que pediu para não ser identificado, confirmou que os aviões usados foram dois bombardeiros B-52.
 A China anunciou a zona de defesa aérea em meio a uma disputa com o Japão por ilhas que os dois países reivindicam no Mar da China Oriental. 

 Fonte:DefesaNet

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