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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 28, 2013

PSDB rouba, mas não consegue mais enganar paulistanos e paulista. Fora larápios!

Usuários do Metrô colam placas em protesto contra 'superfaturamento' de licitações


Companhia diz que já tomou medidas para 'retirar os adesivos e evitar que voltem a ser colocados'


A autoria das placas de protesto é desconhecida - Trajano Pontes/Instagram
Trajano Pontes/Instagram 

A autoria das placas de protesto é desconhecida 

SÃO PAULO - Passageiros do Metrô colaram nas paredes dos trens placas com mensagem em protesto contra o suposto caso de formação de cartel para o superfaturamento de licitações. 

Como se fosse um aviso aos usuários, a placa traz a frase "Este trem foi superfaturado em uma licitação fraudulenta". A autoria é desconhecida. 

O ato ganhou destaque nas redes sociais após uma foto ter sido publicada no Instagram no último domingo, 24. Após tentar, sem sucesso, descobrir o responsável pelo protesto, o designer gráfico André Buika, integrante do coletivo ProtestARTE, recriou duas versões da placa em alta definição e as disponibilizou para download em seu site. 

Na primeira, mais fiel, Buika apenas acrescentou a frase de rodapé "Enquanto você paga caro para se espremer como uma lata de sardinha, seus governantes gozam da sua cara" - na original, está ilegível. 

Já na segunda versão, o designer desenhou um tucano com notas de dinheiro em alusão ao PSDB. "Acredito que a intervenção artística nas ruas tenha um alcance maior e mais rápido. 

Não existe o vômito de informação como há, por exemplo, em um alto-falante", afirma Buika.

Por ser um profissional autônomo, o designer trabalha de casa, utiliza pouco o Metrô e, por isso, não viu as placas nos trens. Porém, segundo ele, alguns amigos já as viram. 

Em nota, o Metrô declarou que é "contra ações que causem danos ao patrimônio público" e que "já tomou as medidas necessárias para retirar os adesivos e evitar que voltem a ser colocados".

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