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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 16, 2013

Julgamento de Pizzolato na Itália pode desmoralizar Joaquim Barbosa, o STF, a Justiça brasileira e revelar ao mundo que o Brasil tem presos políticos


por Paulo Jonas de Lima Piva

O texto abaixo foi compartilhado por Aninha Ornellas na sua página do Facebook. O autor é Carlos Henrique Machado Freitas.


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"A possibilidade de Pizzolato ser julgado na Itália tem tudo para ser só o primeiro capítulo da desmoralização internacional do STF e, junto, lógico, a figura de Joaquim Barbosa. O velho rei, com certeza, sentirá que sua majestade pode virar um grande escândalo transnacional. Mas outros condenados como Zé Dirceu já avisam que irão recorrer à corte internacional, ou seja, a honra do grande "momento de luz" do STF está desabrochando em um pântano como uma trama oculta. Mas quem dera fosse esse o maior dos problemas para a direita. Ano que vem tem eleições e o "monumento de ética" do PSDB estará na berlinda com o mensalão mineiro. Das duas uma: ou terá seu julgamento a partir do inicio de 2014 quando terminará o prazo do STF para colocar a bola pra rolar ou serão desmascarados e taxados de inquisidores do PT. Ou seja, o "mensalão", que não serviu eleitoralmente aos tucanos, daí suas derrotas sucessivas durante o período do julgamento, tem tudo para virar uma arma mortal no refluxo do mensalão mineiro. O jogo está apenas começando."

*opensadordaaldeia

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