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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, novembro 22, 2013

O segundo mandato da Dilma será melhor que o primeiro

“O segundo mandato da Dilma será melhor que o primeiro, assim como foi o meu”, diz Lula a prefeitos


Foto: Ricardo Stuckert/Instituto
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta quinta-feira (21) do Encontro de Prefeitos e Prefeitas do Partido dos Trabalhadores de São Paulo. Lula reafirmou a importância de reeleger a presidenta Dilma e de, pela primeira vez, eleger o governador de São Paulo.

“O segundo mandato da Dilma será melhor que o primeiro, assim como foi o meu”, afirmou o ex-presidente. Lula esteve ao lado do presidente nacional do PT, Rui Falcão, do presidente do PT São Paulo, Edinho Silva, do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do ministro da Saúde Alexandre Padilha, e prefeitos de diversos municípios paulistas.

Lula lembrou ainda conquistas dos 10 anos de governo: “Eu nunca imaginei estar vivo para ver esse país ter apenas 5,2% de taxa de desemprego”. Ele ressaltou que o PT não nasceu para ser apenas mais um partido. “Esse partido veio para mudar a história política deste país”.

Aos prefeitos, o ex-presidente não deixou dúvidas: “O milagre para ser um bom governante é não deixar de conversar com o povo”.

O presidente do PT, Rui Falcão e o ministro da saúde, Alexandre Padilha, ressaltaram a importância da eleição estadual de 2014. “Chegou a nossa vez”, afirmaram. Padilha lembrou ainda o papel crucial dos prefeitos no apoio a programas de governo, especialmente ao Mais Médicos.



No Instituto Lula

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