Grupo vai acompanhar exumação dos restos mortais de Jango
O
governo criou um grupo de trabalho no âmbito da Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República para providenciar a exumação dos
restos mortais do ex-presidente João Goulart e a realização de exames e
atividades periciais. A exumação ocorrerá na próxima quarta-feira (13).
A portaria que cria o grupo de trabalho, assinada pela ministra dos
Direitos Humanos, Maria do Rosário, foi publicada no Diário Oficial da
União de quinta-feira (7). O grupo é composto por representantes da
própria secretaria, da Comissão Nacional da Verdade e da Polícia
Federal, que vai coordenar a equipe de peritos. Os especialistas
designados pela família do ex-presidente também participarão de todos os
procedimentos de exumação e análises.
Segundo a portaria, o grupo de trabalho encerrará suas atividades
após a entrega do laudo oficial conclusivo das atividades periciais à
ministra Maria do Rosário e à Comissão Nacional da Verdade.
Deposto pelo regime militar (1964-1985), Goulart morreu no exílio,
no dia 6 de dezembro de 1976, na Argentina. O objetivo da exumação é
descobrir a real causa da morte e se ele foi assassinado. Por imposição
do regime militar brasileiro, João Goulart foi sepultado em sua cidade
natal, São Borja, no Rio Grande do Sul, sem passar por uma autópsia.
Existe a suspeita de que sua morte pode ter sido articulada pelas
ditaduras do Brasil, da Argentina e do Uruguai, na chamada Operação
Condor. Após os exames, os despojos voltarão para São Borja no dia 6 de
dezembro, data de morte do ex-presidente.
Com informações da Agência Brasil
Com informações da Agência Brasil
*Nassif
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