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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 07, 2013

Em protesto, Garotinho rasga o Globo no plenário

Reprodução:

Deputado federal, revoltado com uma manchete publicada sobre ele e sua mulher, Rosinha Garotinho, que afirmou ser falsa, fez picadinho da edição de hoje durante discurso na Câmara; o jornal desmentiu a reportagem, mas numa pequena nota na seção de obituário; esse "veículo de comunicação age como partido político", protestou o líder do PR

Rio247 - Indignado com o tratamento que recebeu do jornal O Globo, o deputado federal Anthony Garotinho (RJ), líder do PR na Câmara, rasgou a edição desta quinta-feira do jornal durante discurso em plenário. Ele disse que, "se outros não têm coragem de fazê-lo", ele o faz, "em nome de todos os brasileiros, que têm amor à verdade". 
Garotinho afirmou que "mais uma vez" o jornal atacou a sua honra e a de sua família "de forma mentirosa". O jornal envolveu o ex-governador do Rio e sua mulher, Rosinha Garotinho, no caso da atriz Deborah Secco, condenada por desvios de verbas públicas. A assessoria de imprensa do parlamentar entrou em contato com o jornal e desmentiu a notícia. A correção, no entanto, veio como uma pequena nota na seção de obituário. A reportagem anterior havia sido publicada como manchete.
"É para isso que serve a liberdade de imprensa?", questionou Garotinho. Nós somos a favor que cada um fale o que pensa, mas que responda por isso. Isso aqui é uma indignidade", protestou. O parlamentar lembrou que foi esse mesmo jornal que promoveu uma campanha contra o ex-presidente Getúlio Vargas e contra o ex-presidente João Goulart.
"Eu estou aqui como deputado federal, duas vezes prefeito da minha cidade, governador, deputado estadual... tudo o que tenho foi o povo que me deu", discursou Garotinho. "Vocês não", continuou, se dirigindo aos donos d´O Globo, "vocês conquistaram [o povo] à base dos favores que prestaram à ditadura militar e à imprensa marrom, o jornalismo sujo, de chantagem, que vocês praticam".
Enquanto rasgava o jornal, Garotinho atacou: "Vocês gostam é de político mentiroso, político ladrão, gostam do Sérgio Cabral e do Eduardo Paes, que dão a vocês R$ 700 milhões em publicidade para vocês falarem mal de mim e não falarem mal deles".
Assista ao vídeo abaixo:


*AmoralNato

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