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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 03, 2015

"Rusia puede destruir el sueño de EE.UU. de un dominio mundial unipolar"

"Rusia puede destruir el sueño de EE.UU. de un dominio mundial unipolar"


EE.UU. se da cuenta de que Rusia está reforzando su posición internacional y defiende sus propios intereses, lo cual se percibe por la nación norteamericana como una amenaza a su fantasía de un dominio mundial unipolar, opina un analista estadounidense.
La nueva estrategia militar del Pentágono, que se ha publicado recientemente, califica a Rusia como uno de los principales adversarios de EE.UU., junto con Irán, Corea del Norte y las "organizaciones extremistas violentas" como el Estado Islámico y los talibanes. Asimismo, el documento habla de una "posible guerra interestatal con una gran potencia, refiriéndose a Rusia", según ha señalado el analista y activista por la paz Brian Becker en una entrevista a RT.
El experto ha subrayado que la nueva estrategia es típica de la postura adoptada por EE.UU. en el pasado, cuando iniciaba operaciones militares en otros países, como Irak o Libia, incluso cuando no recibía el consentimiento de la ONU o la comunidad internacional. "EE.UU. viola rutinariamente la ley internacional", denuncia Becker añadiendo que al mismo tiempo siempre dice que es su mayor defensor.
"EE.UU. se da cuenta de que su sueño de un mundo unipolar […] se ha convertido en un objetivo imposible, que de hecho Rusia ha afianzado su postura, defiende sus propios intereses", dice el analista. En su opinión, EE.UU. ve que Rusia, China y otros países como Sudáfrica o Brasil "no están dispuestos a convertirse en víctimas de la hegemonía estadounidense", lo que percibe como una "amenaza a su fantasía de un dominio unipolar"
*RT

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