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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 31, 2010

... As fronteiras sempre serão problemas enquanto perdurar o subdesenvolvimento e a miséria.






Lula no Paraguai: "Países sul-americanos devem se ver como oportunidades de uns para os outros"

O presidente Lula afirmou na sexta-feira (30), em Assunção, capital do Paraguai, que os países latino-americanos precisam ter uns aos outros como parceiros e não como inimigos.

Durante visita às obras de terraplanagem da subestação de Villa Hayes da linha de transmissão de Itaipu (foto), Lula disse que, se não fossem as divergências políticas, a obra já estaria pronta.

“A verdade é que tanto para o Brasil como para o Paraguai, Uruguai e a Argentina, nunca poderemos nos ver como adversários ou inimigos. Temos que nos ver como oportunidades de uns para os outros”, discursou Lula ao lado do presidente paraguaio, Fernando Lugo.

“O Brasil, pelo potencial do seu mercado, nunca pode ser visto como um prejuízo para o Paraguai mas, possivelmente, tem que ser visto como receptor das coisas produzidas no Paraguai, afinal de contas, são 190 milhões de habitantes ...

... As fronteiras sempre serão problemas enquanto perdurar o subdesenvolvimento e a miséria...Dizem que é caminho do narcotráfico, do contrabando, da febre aftosa, que a gente transforme em pontos de desenvolvimento, geração de emprego e renda”. (Da Agência Brasil)
dosamigosdopresidentelula

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