Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 26, 2010

Viva Fidel e a Revolução Cubana






cuba26juliodocronicasecriticasdamaericalatina

Hasta la victória, siempre!


Presidiu Raúl Castro ato pelo Dia da Rebeldia Nacional

Imagen activa

(Prensa Latina) O ato central pelo Dia da Rebeldia Nacional encabeçado pelo presidente cubano, Raúl Castro, converteu-se em compromisso de seus compatriotas de redobrar os esforços em prol do desenvolvimento da nação.

Na celebração pelo aniversário 57 dos assaltos aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, efetuada na praça Ernesto Che Guevara na província de Villa Clara concentraram-se mais 90 mil pessoas.

Em sua chegada à praça, Raúl Castro foi aclamado pela multidão, da qual emanaram frases de apoio ao socialismo, à Revolução e a seu líder histórico, Fidel Castro.

Este 26 de julho foi dedicado ao Libertador Simón Bolívar e ao Bicentenário do início das lutas pela independência de Nossa América.

Nas palavras centrais do ato, o primeiro vice-presidente cubano, José Ramón Machado Ventura, destacou que os cubanos enfrentam as dificuldades com um intenso trabalho e no meio de uma situação adversa como resultado da crise econômica mundial.

A essa situação, agregou, somam-se o anacrônico bloqueio econômico, comercial e financeiro que o governo dos Estados Unidos se empenha em manter durante meio século e os efeitos da mudança climática.

Ratificou que, como expressara em abril passado o presidente Raúl Castro, a batalha econômica constitui hoje mais que nunca a tarefa principal, e considerou a produção de alimentos uma prioridade.

O primeiro vice-presidente cubano também expressou a inquebrantável solidariedade da ilha caribenha com o povo da Venezuela frente às ameaças contra a soberania desse país irmão.

Diante da instalação de bases militares norte-americanas na Colômbia que coloca em perigo a paz na região, a Venezuela tem todo o direito a se defender e contará sempre com o firme respaldo da maior das Antilhas.

Por sua vez, o ministro venezuelano de Energia Elétrica, Alí Rodríguez, afirmou que a nação sul-americana é amante da paz, lutará até o infinito para a atingir sem medo de ninguém.

Somos pacíficos, queremos construir a paz, mas se obrigam-nos saibam os inimigos que somos madeira de "caguairán", a qual na Venezuela chamamos "quiebrahacha", destacou.

Rodríguez assinalou entre os motivos para iniciar uma guerra contra a Venezuela os numerosos recursos petroleiros de seu território e o afã integracionista do governo que encabeça o presidente Hugo Chávez desde 1999.

No ato esteve presente uma representação da delegação venezuelana que participa da cúpula Cuba-Venezuela, que tem como objetivo avançar para um nível mais alto dos vínculos, consolidar a união entre os dois países e conferir a execução dos projetos acordados em benefício dos dois povos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário