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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 14, 2014

Dinheiro Fetiche da sociedade moderna

A relação entre o home e o dinheiro


O relacionamento do homem com o dinheiro sempre foi uma das principais causas da problemática entre as relações humanas.  Em tempos atrás, ele era acessório dispensável para a sobrevivência, mas atualmente dita as regras na humanidade, e por ele, a humanidade inverteu e inverterá vários valores.
Se por um lado na Idade Média a Igreja proclamava: “A usura é crime. O tempo não pertence ao homem e por ele não pode ser comercializado”, hoje o Brasil paga 679 milhões diariamente, num total de 270 bilhões de reais por ano com os juros da dívida externa que acumulou pelo pecado de ter sido explorado por tantos séculos.
Os valores morais da sociedade de adaptam, ou são simplesmente esquecidos quando o Capital está em jogo, o homem se perde em guerras de ganância e poder, famílias são destruídas e lágrimas escorrem só para que os ricos fiquem mais ricos e os pobres continuem comendo promessas.
Logo, concluímos a necessidade de mudanças, parafraseando Jesus: “Perdoai-vos Pai, eles não sabem o que fazem.” É melhor passarmos, a saber, o que fazemos, e o que faremos, para que a fome não continue sendo faminta e a injustiça injusta. 







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Texto: Matheus Ramos colaborador do blog Um quê de Marx- Ensaio sobre política

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