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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 15, 2014

    O filho do vice-presidente dos EUA, novo diretor de uma empresa petroleira ucraniana


130514 hunterUcrânia - Diário Liberdade - Burisma Holdings, o produtor privado maior de gás na Ucrânia, expandiu sua junta diretiva incorporando Robert Hunter Biden como seu novo diretor.

Foto: Papai Biden com o seu filho e grande "empreendedor" no setor energético ucraniano, Robert Hunter Biden 
Segundo informações de agência, Robert Hunter Biden, filho do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estará a cargo da unidade jurídica de Holdings e proporcionará apoio para a companhia junto das organizações internacionais.
Sobre a sua nova atribuição, Hunter Biden comentou: "A trajetória de inovações e liderança da indústria no campo de gás natural significa que pode ser um forte impulsor de uma economia forte na Ucrânia. Como um novo membro da junta, acho que a minha assistência em consultas à empresa sobre temas de transparência, governo corporativo e responsabilidade, expansão internacional e outras prioridades contribuirão para a economia e beneficiará o povo da Ucrânia" (sic).
O presidente da junta diretiva de Burisma Holdings, Alan Apter, indicou que "a estratégia da empresa é dirigida à concentração mais forte de pessoal profissional e à introdução de melhores práticas corporativas, por isso estamos contentes de que o senhor Biden se junte a nós para nos ajudar a alcançar estas metas".
Robert Hunter Biden é assessor de Boies, Schiller & Flexner LLP, um escritório jurídico localizado em Nova York, EUA, que serviu em casos como "George Bush contra Al Gore", e "EUA contra Microsoft". Ele é também um dos co-fundadores e sócio gerente da empresa de assessoria de investimento Rosemont Seneca Partners, assim como presidente da junta de Rosemont Seneca Advisers. É ainda professor da Universidade de Georgetown, adscrito à Escola de Serviço Exterior.
Burisma Holdings é uma empresa privada de petróleo e gás com ativos na Ucrânia e opera no mercado energético desde 2002. Até hoje, a companhia mantém um portfólio com permissões para desenvolver jazigos nas bacias do Dnieper-Donets, os Cárpatos e de Azov-Kuban.
Em 2013, a produção diária de gás cresceu constantemente e no fim do exercício chegou a 11.6 mil barris de petróleo equivalente -incluindo gás, condensado e petróleo crude- ou 1.8 milhões de m3 de gás natural. A companhia vende estes volumes no mercado interno através de empresas, assim como também diretamente ao consumidor final.
Com Aporrea.
*diariodaliberdade

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