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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 03, 2014

O VÍDEO PROIBIDO DA BBC QUE LEVOU OS DONOS DA REDE GLOBO A LOUCURA



por Eduardo Bueres

"Que os ricos no Brasil sejam cada vez mais ricos, para que os pobres, por sua vez, sejam menos pobres..." (General Costa e Silva)
O general que defendia o capitalismo selvagem como salvação da Pátria
Ótimo documentário realizado por jornalistas europeus nos corruptos anos de chumbo e de muito sangue nos porões, em plena ditadura civil e militar, quando aproximadamente 60% da população vivenciava uma situação de miséria absoluta  e o nosso país lá no exterior já era considerado a oitava economia do mundo; 

assista aqui quando o general presidente Arthur da Costa e Silva, em cadeia nacional de radio e televisão expressou o "pensamento econômico" do regime de força, com as seguintes palavras acima.   



O registro dessa 'pérola' de cinismo, que foi proferida por esse chefe golpista ignorante escandalosamente manipulado por felpudas raposas civis, que ficaram bilionárias quadruplicando os seus negócios durante a ditadura, é a reafirmação da preferência que a direita fascista empresarial brasileira tem pelo capitalismo selvagem, privatista e imoral, exposto no vídeo abaixo. 

Trata-se de um documentário histórico e independente realizado pela rede britânica BBC, no início dos anos 90, material este que teve sua divulgação censurada e proibida em todo território nacional, pedido que teria partido do então todo poderoso 'doutor' Roberto Marinho, dono da reacionária Rede Globo, mega conglomerado que, segundo estudiosos, dava as ordens na Brasília ocupada pelas baionetas. 
A Loba Imperial,símbolo da fascismo

O histórico de monopólio exercido por essa organização acusada de ser sub-democrática, é tido por muitos como ruim e nocivo à Democracia, já que, até os dias de hoje ela se arvora estribada nos quase 70%  de verba publicitária que, supõe-se, arrecada absurdamente, continua diuturnamente tentando manipular e distorcer negativamente a realidade politica do Brasil. 

Recomenda-se especialmente aos filhos da nova geração, que confiram este importante testemunho de uma época de triste lembrança; que  nunca esqueçam dessa lição escrota na hora de depositar nas urnas o seu primeiro e decisivo voto em outubro de 2014.

*militanciaviva

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