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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, novembro 03, 2014

MONSANTO PORQUE PRECISA PARAR


Os 10 produtos mais polêmicos da empresa de biotecnologia MonsantoA histórica empresa de transgênicos e líder mundial em agroquímicos Monsanto desenvolveu vários produtos ao longo de décadas que provocaram polêmica em alguns setores ecologistas ou da saúde.
Os seus detratores têm a firme convicção de que se alguns produtos, cancerígenos ou maléficos para a saúde humana, não foram proibidos, é devido ao grande poder que a multinacional ostenta, já que mantém estreitos vínculos com o Governo dos Estados Unidos.
Por outro lado, a Monsanto garante que seus produtos são completamente seguros (só que não!), que passaram os controles de qualidade correspondentes e que, além disso, os transgênicos representam uma OPORTUNIDADE para acabar com a fome no mundo.
Enumeramos alguns dos seus produtos mais polêmicos.
1. ADOÇANTE
John Francisco Queeny fundou a Monsanto Chemical Works com o objetivo de produzir adoçante para a Coca-Cola. Alguns estudos que foram realizados durante a década de 1970 mostravam que o químico produz câncer em ratos, mamíferos e, posteriormente, em humanos. No entanto, até agora ele continua sendo comercializado.
2. AGENTE LARANJA
A Monsanto foi o principal fabricante de Agente Laranja na década de 1979. Este herbicida foi utilizado como arma química na guerra do Vietnã pelos Estados Unidos.
O Vietnã calcula que mais de 400.000 pessoas foram assassinadas ou mutiladas, 500.000 crianças nasceram com defeitos de nascimento e mais de um milhão de pessoas passou a portar deficiência física ou sofreram problemas de saúde provocados pelo Agente Laranja, além de os próprios soldados americanos e seus descendentes também terem sido afetados-
Todos aqueles que denunciaram a Monsanto buscando uma compensação financeira por danos nunca ganharam os julgamentos.
3. ‘ROUNDUP READY’
Também na década de 1970, a Monsanto fundou a ‘Agricultural Chemicals’ (‘Químicos agrícolas’) para lançar no mercado o herbicida ‘RoundUp Ready‘ ou glifosato, que podia erradicar, segundo a companhia, as ervas daninhas de um dia para o outro.
Mais tarde, a companhia lançou as sementes transgênicas ‘RoundUp Ready’, resistentes ao glifosato, que permitem aos agricultores utilizar o herbicida sem acabar com os cultivos transgênicos.
Embora o glifosato seja aprovado por organismos reguladores e usado na América Latina e nos Estados Unidos, ele foi praticamente erradicado na Europa. O ‘RoundUp’ foi achado em amostras de água subterrânea, assim como no solo e no mar, e inclusive nas correntes de ar e chuvas, além de ter sido encontrado nos alimentos.
4. PCBs
Durante a década de 1920, a Monsanto começou a expandir a sua produção química mediante bifenilos policlorados (PCB), para produzir fluidos refrigerantes de TRANSFORMADORES elétricos e motores. Cinquenta anos depois, a Agência de Proteção Meio Ambiental (EPA, pelas suas siglas em inglês) publicou um relatório citando os PCBs como causadores de câncer em animais, com provas adicionais indicando que produz câncer em seres humanos.
Quase 30 anos depois, os PCBs foram proibidos nos Estados Unidos. Este químico segue aparecendo no sangue de mulheres grávidas, como informou um estudo de 2011. Em muitas áreas da Argentina, os PCBs seguem sendo usados.
5. POLIESTIRENO
Em 1941, a Monsanto desenvolveu o poliestireno sintético, que ainda se utiliza frequentemente para envasar alimentos. Alguns estudos demonstram que o polestireno provoca depressão, câncer e danos aos nervos.
Os recipientes fabricados com este material são difíceis de reciclar. As suas consequências para o meio ambiente são desastrosas: boia no oceano, se descompõe em pequenos fragmentos que os animais comem. Alguns, como as tartarugas, perdem a capacidade de submergir ao ingeri-lo e morrem de fome.
6. PLANTAÇÕES GENETICAMENTE MODIFICADAS
A Monsanto é uma das empresas pioneiras dos transgênicos. A princípios de 1990, a Monsanto começou a ‘conexão’ de genes de milho, algodão, soja etc. O ‘RoundUp’, que descrevemos anteriormente, mata os insetos e mamíferos que devoram essas plantas, mas, por sua vez, os mantém intactos aos cultivos.
A multinacional sustentava que as plantações geneticamente modificadas poderiam alimentar o mundo, teriam mais nutrientes, resistiriam à seca, etc. Nenhuma destas promessas parece ter sido cumprida.
No entanto, os agricultores cada vez se veem obrigados a usar mais e mais químicos devido às novas ervadas daninhas que surgiram e que evoluem, desenvolvendo resistência ao glifosato.
7. SEMENTES TERMINATOR
No final de 1990, a Monsanto desenvolveu tecnologia para produzir grãos estéreis incapazes de germinar. Estas sementes obrigariam os agricultores a comprar novas sementes da Monsanto a cada ano, ao invés de guardar e reutilizar as sementes nas suas colheitas como fizeram durante séculos.
Embora esse produto tenha fracassado inicialmente no mercado, a Monsanto decidiu exigir aos agricultores a assinatura de um contrato acordo para que eles não reutilizem nem vendam as sementes, o que lhes obriga a comprar novas sementes.
8. O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO BOVINO
HORMÔNIO do crescimento bovino (rBGH) é um hormônio modificado geneticamente que foi desenvolvido para ser injetado nas vacas e aumentar a produção de leite.
As vacas submetidas ao rBGH sofrem uma dor insuportável devido à inflamação das mamas, e mastite. O leite rBGH produz câncer de mama, câncer de cólon, e câncer de próstata em seres humanos.
O uso do rBGH está permitido nos Estados Unidos. Mas está proibido no Canadá, na União Europeia, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Argentina.
9. ADUBO A BASE DE PETRÓLEO
É uma invenção de 1955 que a Monsanto criou depois de comprar uma refinaria petroleira. Os “fertilizantes” a base de petróleo matam micro-organismos benéficos do solo esterilizando a terra e criando dependência. Além disso, devido aos aumentos do preço do petróleo não é algo rentável economicamente.
10. DIOXINAS
Em 1945, a Monsanto começou a promover o uso de pesticidas químicos na agricultura com a fabricação do herbicida 2,4,5-T (um dos precursores do Agente Laranja), que contém dioxina.
As dioxinas são um grupo de compostos quimicamente relacionados que são contaminantes ambientais persistentes e que se acumulam na cadeia alimentar, principalmente no tecido adiposo dos animais. A Monsanto foi acusada de encobrir ou não informar sobre a contaminação por dioxinas em uma ampla gama dos seus produtos.
Leia mais:






[ESTUDO Glifosato]






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is-polemicos-da-empresa-de-biotecnologia-monsanto/#ixzz3I2RYbD00

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