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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, dezembro 21, 2014

Chomsky: “Es bastante impactante que la sociedad de EE.UU. sea tan racista”

El historiador y filósofo Noam Chomsky opina que las recientes protestas de la comunidad afroamericana en EE.UU. casi se han convertido en un movimiento antirracismo y de justicia social, teniendo en cuenta que los principios fundacionales de EE.UU. son la esclavitud y el exterminio de la población indígena.

En una entrevista con la periodista Laura Flandes, donde abordó diferentes temas como la guerra en Irak y Siria, el capitalismo e influencia de China, el destacado lingüista habló sobre los recientes acontecimientos en Ferguson. “Esta es una sociedad muy racista. Es bastante impactante”, dijo al respecto Chomsky.
Además, Chomsky culpó a la guerra contra las drogas, a la que calificó “como una guerra racista”. “Ronald Reagan fue un racista extremo, no lo ocultaba, pero la llamada ‘guerra contra las drogas’, desde la vigilancia a una eventual salida de la cárcel, estaba diseñada para que fuese imposible que la comunidad masculina negra y, cada vez más mujeres, y más y más hispanos fuesen parte de la sociedad [estadounidense]“, sostuvo.
Chomsky señaló que hay algunos privilegios para las elites afroamericanas, pero no para la población en masa.
“Ellos han sido recriminalizados y convertidos en una fuerza de trabajo esclavo, que es el trabajo forzado”, concluyó Chomsky y añadió: “Esta es la historia de América. Y para salir de esto no basta con un pequeño truco”.
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*http://www.diario-octubre.com/2014/12/21/chomsky-es-bastante-impactante-que-la-sociedad-de-ee-uu-sea-tan-racista/

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