Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 20, 2014

Deus X Satanás

A Serpente
Por Ana Burke
Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei. Lucas 12:5
Quem têm o poder de nos lançar no inferno? Não seria Satanás porque Satanás não criou o inferno; ele não julga ninguém, e se ele não julga ninguém, também não condena ninguém.
Devemos temer o mal, a maldade e aquele, ou aquilo, que nos faz o mal. Tememos as guerras, o sofrimento, doenças, a fome, a tortura e a morte.
Nunca nos foi dito que devemos temer Satanás, mas nos foi dito que devemos temer a deus, portanto, deus é o mal ou aquele que pode nos fazer o mal.
Satanás não é o Senhor dos exércitos e não sendo o Senhor dos exércitos não é o Senhor da guerra. Deus é o Senhor dos exércitos e, assim sendo, é o Senhor da guerra, e em guerras temos pilhagem, estupros, destruição e morte. Portanto, deus não é sinônimo de Paz e representa o sofrimento e a morte.
Nos foi dito também que Satanás é o opositor ou adversário de deus, o que nos leva a entender que Satanás é o opositor ou adversário do mal.
Se Satanás é o opositor e adversário do mal, quem está com Satanás, está contra deus e portanto contra o mal e tudo o que representa maldade.
Segundo consta deus foi responsável por 2 270 365 mortes (levantamento feito pelo blogueiro americano Steve Wells, editor do site Skeptic’s Annotated Bible) enquanto Satanás matou apenas 10 pessoas e assim mesmo com a autorização e a mando de deus.
Observação: Só pra esclarecer, não sou satanista. Estou apenas interpretando a bíblia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário