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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, dezembro 23, 2014

Rússia realiza primeiro lançamento experimental do foguete Angara-A5

Russia, espaço, Angara, foguete, cientistas
Foto de arquivo

O foguete-portador moderno Angara-A5, um aparelho russo ecologicamente puro, que pertence à classe de foguetes pesados, foi lançado do cosmódromo de Plesetsk, situado na região de Arkhangelsk. A agência RIA Novosti obteve esta informação de uma fonte que trabalha na esfera aeroespacial russa.

Este é o primeiro lançamento experimental do foguete pesado Angara. O foguete-portador, munido de réplica inseparável da ogiva de carga, partiu rumo à órbita geoestacionária de cerca de 36 mil metros de altitude.
A referida fonte revelou que a colocação da réplica da ogiva de carga de mais de duas toneladas na órbita geoestacionária, com cerca de 36 mil quilômetros de altitude e, à seguir, na “órbita de enterro”, será realizada mediante quatro ligações do motor de marcha do estágio de empuxo Briz-M, às 17h57, horário de Moscou (12h57 de Brasília).
Mais tarde se soube que ogiva espacial que inclui o estagio de empuxo Briz-M e a réplica da ogiva de carga tinha se desacoplado de acordo com o plano do foguete-portador da classe Angara-A5.
Em meados de 2014 as tropas da Defesa Aeroespacial realizaram com êxito o primeiro lançamento experimental do primeiro foguete da série Angará-1.2 PP
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_12_23/R-ssia-realiza-primeiro-lan-amento-experimental-do-foguete-Angara-A5-6294/

*VozdaRussia

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