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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 02, 2015

Cuba se mantém socialista e mantém suas conquistas

Que comece o ano 57 da Revolução!



Há 56 anos atrás triunfava a Revolução Cubana. Em um país onde durante décadas o latifúndio engolia a terra dos trabalhadores, onde a população vivia nas mais indecentes moradias, onde suas riquezas e produção não pertenciam a quem as produzia, arrancadas da terra como são arrancadas as riquezas de uma colônia, onde os que lutavam contra essa situação eram difamados, nesse país que escondia a exploração e a miséria sob o manto da democracia, os difamados, os reprimidos, os oprimidos se levantam e, tendo o Exército Rebelde como projeção de suas aspirações e sonhos, grita pela primeira vez: independência!

Cuba era uma ilha onde reinava o analfabetismo, o desemprego, onde se morria por doenças que poderiam ser curadas, ou até mesmo erradicadas, onde a fome era cotidiana. Para a imensa maioria daquele povo, a vida era definida pela sazonalidade da produção canavieira, onde, após alguns meses de trabalho no campo, só restava o desemprego.

Em meio a tudo isso, os que se levantavam eram mortos. Em nome de tal democracia, morreram milhares. Mas diante dessa situação surge a estrela radiante do marxismo-leninismo, carregada por Fidel, inspirado pelos ideais de libertação nacional de tantos outros patriotas que morreram por aquela terra, por aquele povo, como Martí.

Granma, quinta-feira 1 de janeiro de 2015

            Muitos morreram, deram suas vidas, se sacrificaram na guerra, dedicaram suas vidas à luta pela independência e ao trabalho, à construção da sociedade socialista. Liderados por Fidel, e por uma geração de revolucionários, aquele povo aprendeu a resistir, e resistiu até hoje, mesmo após tantos reveses para os povos do mundo.

            Cuba se mantém socialista e mantém suas conquistas, mesmo após a queda da União Soviética e do Campo Socialista; se mantém uma legítima democracia operária e um exemplo para o mundo no campo do internacionalismo. O exemplo do trabalho dos médicos cubanos, em todo o mundo, que é tão grandioso como o trabalho dos que lutaram pela libertação da Angola, da Namíbia, e o fim do Apartheid, além de inúmeras outras demonstrações de internacionalismo, inspiram profundamente a todos nós. Nós, defensores dos povos do mundo, temos orgulho de gritar: viva a Revolução Cubana, exemplo de resistência e de solidariedade para todos os povos!

            Neste primeiro de janeiro de 2015, a heróica luta do povo cubano entra no 57º ano de sua longa história. Aquele país, assolado pela injustiça, hoje é um país que, neste ano que se inicia, continua dando esperança a todos os que sonham com o fim da injustiça em todas as partes do mundo. O exemplo dos cubanos nos enche o peito para gritar: sim, é possível, e morreremos por isso se for preciso!
           
            Onde se massacrava o povo, brincava-se de democracia e difamavam-se os barbudos, chegou Fidel, e com ele o povo cubano começa a escrever linhas importantes de sua história e de toda a humanidade.

            Desejamos um feliz ano novo a todos, cheios de alegria pelo retorno dos nossos grandes 3 heróis, que ainda estavam presos, à sua pátria; convictos da vitória do povo cubano sobre o imperialismo. Desejamos um ano de muitos avanços para todos os povos que também lutam, incessantemente, por sua libertação.

            Feliz 2015, e viva o ano 57 da Revolução!     


Equipe do blog Fuzil contra Fuzil

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