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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, janeiro 03, 2015

Rússia assume presidência do Brics

A Rússia assumiu, nesta quinta-feira (1°/01), a presidência do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou, primeiramente, o trabalho que o Brasil realizou durante o mandato em 2014, e afirmou que a Rússia vai promover durante o seu mandato mais cooperações entre os países do bloco, elevando a influência da organização em todo mundo.
Líderes dos cinco países que compõem o Brics, reunidos em Fortaleza em 2014Líderes dos cinco países que compõem o Brics, reunidos em Fortaleza em 2014 Segundo putin, “os mecanismos possibilitados pelo Brics tem a importante função de promover produção industrial, intercâmbio técnico e também um papel óbvio em áreas como medicina, educação e ciência”. Ele disse ainda acreditar que os membros do grupo deverão explorar mais áreas de cooperação no futuro.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou, em suas mensagens de Ano Novo enviadas aos presidentes da China, da África do Sul e da Coreia, sua determinação em alargar as relações bilaterais e anunciou os planos da Rússia no âmbito da presidência dos Brics.
“Em sua mensagem de Boas Festas, dirigida ao presidente da República Popular da China, Xi Jinping, por ocasião do Ano Novo e da próxima Festa da Primavera, Putin sublinhou que no ano que passou houve um desenvolvimento dinâmico de todo o conjunto das relações russo-chinesas”, refere o documento.
A Cúpula do Brics de 2015 será realizada em julho, em Ufa, na Rússia.
Fonte: Rádio China Internacional e Voz da Rússia
*http://www.iranews.com.br/noticia/13019/russia-assume-presidencia-do-brics

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