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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 08, 2010

Cade o Sonegômetro






Daslu quebra e Folha protege a dona.
Como a Globo no estupro de Florianópolis

A sonegadora e a concordatária – onde São Paulo é mais São Paulo




Na véspera do feriado local do 9 de julho, quando São Paulo comemora a derrota na tentativa de Golpe conhecida como “Revolução Constitucionalista de 32”, São Paulo tinha bons motivos para celebrar, também, sua condição de Chuíça (*).

Um engarrafamento monumental, que as obras de infra-estrutura do Zé Inacabado só fizeram multiplicar.

207 km de engarrafamento.

A metade da distancia de São Paulo ao Rio, pela Dutra.

De engarrafamento.

Ele é um jenio.

Outro fato a celebrar é como o PiG (**) de São Paulo se protege e à elite.

Daslu pediu concordata, como se dizia antigamente.

Soçobrou sob o peso de uma autuação por sonegação fiscal.

Os donos da Daslu, a começar pela notável socialite Eliana Tranchesi, foram condenados a 94 anos de cadeia, cada.

94 anos de cadeia, per capita.

Não é coisa pouco, não é isso, amigo navegante ?

Não é qualquer sonegador de impostos que merece 94 anos.

Nem o Al Capone.

Pois, não é que a Folha (***) deu na internet a notícia da quebra da Daslu, e omitiu que a dona é condenada e 94 anos de cadeia ?

Como o PiG é bonzinho com a elite, não ?

Parece a Globo, que protege o filho do dono da RBS em Santa Catarina.

Crack, nem pensar – dizia a campanha da RBS.

Agora, estupro pode.

Clique aqui para ler “Donos do PiG se reúnem e não tratam do estupro de Florianópolis”.


Observe, amigo navegante, como a Folha noticia a concordata da Daslu, a loja que reúne tudo o que São Paulo tem de melhor:

Butique de luxo Daslu entra com pedido de recuperação judicial

A Daslu, maior butique de luxo do país, informou nesta quinta-feira que entrou com pedido de recuperação judicial na Vara de Recuperações Judiciais da Capital de São Paulo.

Em nota, afirma que “trata-se de um processo planejado de reestruturação para equacionar e solucionar os problemas que a Daslu tem enfrentado desde 2005″.

A empresa diz que com a recuperação judicial poderá readequar seus compromissos “de uma forma organizada e com o apoio dos credores”.

“A medida tem por objetivo criar condições para que a Daslu, de uma forma pública e transparente, possa se capitalizar, fortalecendo a continuidade e o futuro do negócio. Essa solução também permitirá que sejam assegurados os empregos e salários de mais de 500 colaboradores, além de manter a renda de nada menos do que 10 mil famílias envolvidas direta e indiretamente no projeto Daslu”, acrescentou na nota.

A Daslu passa por dificuldades financeiras desde que foi alvo da Operação Narciso, realizada em 2005 por auditores, Ministério Público Federal e Polícia Federal. A loja recorre de dívidas fiscais cobradas pela Secretaria da Fazenda de SP e pela Receita, decorrentes de autuações por prática de importação irregular.

Os débitos com o fisco paulista somam cerca de R$ 500 milhões (incluindo multas por sonegação de ICMS). Parte desse total (cerca de R$ 60 milhões) foi paga quando a Daslu aderiu ao programa de parcelamento da Fazenda, segundo balanço de maio deste ano.
Com a Receita, estima-se que as multas por sonegação de impostos somem mais R$ 400 milhões.

Agora, amigo navegante, acompanhe a discussão sobre a pena da dona da Daslu (coisa pouca: 94 anos !), na própria Folha:

Procurador sugere redução na pena de 94 anos de dona da Daslu

O procurador regional da República Marcelo Antonio Moscogliato emitiu parecer sugerindo que a pena máxima, de 94 anos, aplicada à dona da Daslu, Eliane Tranchesi, seja reduzida. Ele opinou, no entanto, pela manutenção da condenação. O parecer é o mesmo para todos os condenados na ação.

A decisão sobre a redução da pena caberá agora ao TRF da 3ª Região (Tribunal Regional Federal). “As condenações devem ser mantidas como medida de Justiça”, afirmou Moscogliato, ponderando que a fixação das penas em seus valores máximos era medida excessiva e por isso precisa ser reformada.

Eliana Tranchesi, dona da boutique Daslu, teve a prisão fixada em 94 anos e cinco meses e seu irmão, o empresário Antonio Carlos Piva de Albuquerque, foi sentenciado 94 anos e seis meses por crimes como descaminho, quadrilha e falsidade ideológica.

Por falar em Chuíça (*), acompanhe agora o sofrimento do paulistano nesta véspera de feriado, submetido a 16 anos de choque de jestão tucana no Estado:


Em véspera de feriado, trânsito iguala recorde do ano em SP

Às 19h, CET mediu 207 km de filas na capital. Recorde do ano tinha sido em 19 de março.

Às 19h desta quinta-feira (8), véspera do feriado de 9 de Julho em São Paulo, o trânsito igualou o recorde do ano na capital paulista, com 207 km de lentidão. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o maior congestionamento de 2010 até então tinha sido em 19 de março no mesmo horário.

(*) Chuíça é o que o PiG (**) de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
doconversa afiada

Daslu condenada a 94 anos de prisão quebra! E agora? Como a mulher de Serra vai fazer a campanha do agasalho?

Os já condenados donos da Daslu (super-butique de luxo paulista), com penas que alcançaram 94 anos prisão, estão fora da cadeia e a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial (é um processo quando a empresa não consegue pagar suas dívidas, e tenta-se salvar da falência, através de negociação com credores, com intervenção de um juiz, semelhante ao que ocorreu com a Varig).

A ex-primeira-dama de São Paulo, Mônica Serra, mulher do ex-governador tucano José Serra (PSDB/SP), era presidente do FUSSESP - Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo, até março deste ano, enquanto Serra foi governador.

Em vez de tirar as crianças da rua e colocar na escola, em vez de forçar a prefeitura de São Paulo a cadastrar mais de 150 mil famílias abaixo da linha de pobreza no Bolsa família, que não cadastraram por negligência de Serra/Kassab, entre as políticas "sociais" que ela exerceu, foi a campanha do agasalho na Daslu.

Vejam bem que era uma campanha oficial do governo José Serra. Uma campanha social para atender população pobre, feito na Daslu.

É isso que Serra considera política social "estruturante"?
Campanha do agasalho, em parceria da Daslu com FUSSESP, em maio de 2008.
Essa camiseta deve entrar para história do Brasil, por todo o simbolismo que carrega.

Em outro evento na Daslu, em fevereiro de 2008, Eliana Tranchesi à esquerda (condenada a 94 anos de prisão) e Mônica Serra no centro.

Relembrando Geraldo Alckmin

Justiça seja feita à Mônica Serra, a "peruagem" na Daslu vinda do Palácio dos Bandeirantes já foi bem maior, atingindo o clímax com Geraldo Alckmin (PSDB), a ponto de sua filha Sofia ter se tornado gerente de novos negócios da Daslu em 2005, após um período como "dasluzete" (vendedora da Daslu).




Shopping da Daslu não pagava IPTU


Inaugurado em 2005, na gestão demo-tucana de José Serra (PSDB), o shopping da Daslu não exisitia no cadastro de IPTU da prefeitura de São Paulo, até 2006, já com Kassab (DEMos/PFL) na prefeitura.

Enquanto um proprietário ou inquilino de um imóvel popular, morador do Jardim Romano, que ficou meses inundado, recebia seu carnê do IPTU para pagar todo ano, o shopping da Daslu era "fantasma" perante o fisco da prefeitura.

ATENÇÃO: NENHUMA DESTAS FOTOS É MONTAGEM.
(os links apontam para a publicação original da Vogue, do FUSSESP e outros)
dosamigosdopresidentelula

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