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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 08, 2010

Maravilhas

I Read Some Marx (And I Like It) e + Saramago

Fantástica paródia com a música de Kate Perry "I Kissed a Girl"




I Read Some Marx (And I Liked It)

I thought I just wanted to pass;
Good grades were all I cared for.
My college made me take the class
More stuff for me to ignore!
But then I found out that
His theories weren't so bad:
Labor and class combat,
What a very clever man!

CHORUS
I read some Marx, and I liked it;
The friend of the proletariat.
I read some Marx, just to try it;
Hope Adam Smith don't mind it!
It felt so wrong,
It felt so right;
Men of the working class, unite!
I read some Marx, and I liked it;
I liked it!

There is a spectre hanging o'er
The face of Europe!
'Tis communism, and it's more
Than just a social hiccup.
A time will come soon when
The masses rise as one
To carve out their place in
The brand new poetry to come!

CHORUS

Marx is the man, he's working for you;
The bourgeoisie, they just ain't your crew.
Alienation of labor is bad,
Commodification is not a good fad.
The capitalists are greedy you see;
A shorter workday, now that's what we need!
I'm reading some Marx, and I'm liking it;
Rise up now, proletariat!

CHORUS

da cidadãdomundo

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