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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 15, 2010

Chavez falou






JB Online

CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticou mais uma vez a Igreja Católica, pediu uma revisão do convênio com o Vaticano e disse que o papa não é o embaixador de Cristo na Terra. - Com todo o respeito ao Estado do Vaticano e ao chefe de Estado, que é o papa, que não é nenhum embaixador de Cristo na Terra -afirmou.

- Que coisa é essa de embaixador de Cristo? Cristo não precisa de embaixador. Cristo está no povo e nos que lutam por justiça e libertação dos humildes - acrescentou.

As críticas são uma resposta às declarações do arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa, para quem Chávez está levando a Venezuela para o caminho do socialismo marxista.

Chávez afirmou que os bispos são 'trogloditas' e 'homens das cavernas' que desconhecem as leis e a Constituição.

O presidente pediu também ao chanceler Nicolás Maduro que revisasse o convênio que o Estado venezuelano tem com o Vaticano.

Mas desta vez seu discurso citou até o papa Bento 16.

Contra Chávez, o PiG defende o terrorismo!

Sanguessugado da redecastorphoto

Os “jornalistas” brasileiros seguem justificando seus salários: a notícia de que a inteligência venezuelana desarticulou um esquema terrorista para desestabilizar as eleições de setembro virou, na nossa “GRANDE IMPRENSA”, prisão de oposicionista PROCURADO por “perseguição política”.

Deu no Jornal Nacional, no Estadão, no Globo, nos blogs nazi-fascistas... Todos com a mesma história: Chávez mandou prender o sujeito por praticar oposição ao governo.

Acesse “link” abaixo com a matéria do Jornal Nacional de 13 de julho, apresentado por Alexandre Garcia (lembram dele como porta-voz dos MILICANALHAS/64?) e Renata Vasconcellos:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1299984-7823-UM+DOS+LIDERES+DA+OPOSICAO+NA+VENEZUELA+E+PRESO,00.html

Leia, aqui, a matéria do “suposto” Estadão, que “supostamente” manchetou: “Caracas prende e acusa outro opositor”, em “suposta” matéria em que ninguém é terrorista ou bandido, só “suposto”.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100714/not_imp580884,0.php

E o "colunista" da revista VEJA, Reinaldo Azevedo, foi mais longe: “Já estive num debate com Esclusa em 2005 ou 2006, não tenho certeza. É um homem inteligente, cordial, convicto. Nada em seu discurso ou em sua prática sugere nem sequer flerte longínquo com o terror.”

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/prisao-do-lider-oposicionista-venezuelano-pena-esclusa-o-cheiro-fetido-de-uma-farsa-organizada-por-dois-estados-policiais-o-que-isso-tem-a-ver-com-a-gente/

Será que tudo isso é verdade?

Vejamos os envolvidos:


Francisco Chávez Abarca é um terrorista internacional PROCURADO pela Interpol por fazer parte dos quadros de Luis Posada Carrilles – famoso terrorista cubano que vive em Miami, protegido pelo Governo dos EUA, notável pela derrubada de um avião cubano que resultou em 73 mortos em 1976. Abarca recrutou os mercenários que explodiram quatro bombas em Havana em 1997, vitimando um turista italiano.

Chávez Abarca foi preso pela polícia venezuelana tentando entrar no país com identidade falsa, e confessou estar preparando mais um ataque terrorista, desta vez durante as eleições de setembro.

Veja o vídeo da prisão e da confissão aqui:

E de uma nova confissão, aos repórteres de TV, antes de ser extraditado para Cuba:

Foi pelo depoimento de Chávez Abarca que a polícia chegou a Alejandro Peña Esclusa, inexpressivo candidato a presidente em 1998, quando só teve 0,04% dos votos – um tipo de Enéas venezuelano, só que armado e perigoso: ele era o responsável por fornecer a base de operações para os ataques terroristas.

Foi preso em casa, sem oferecer resistência, com explosivos, detonadores e munição para armas de fogo.

Esclusa é um notório inimigo da democracia. Ele não tem biografia: tem ficha corrida.

  • Integrante do grupo religioso fascista/integralista Tradição, Família e Propriedade, há suspeita sobre seu envolvimento em plano de atentado contra o Papa João Paulo II durante a visita papal à Venezuela em 1984
  • Em 2008, fundou na Colômbia (onde mais?) uma ONG chamada UnoAmerica, cujo único “serviço social” foi tentar alavancar a candidatura do partido conservador nas eleições de 2009 em El Salvador, o Arena (quiçá inspirado pelos MILICANALHAS brasileiros?)
  • Participou da tentativa de golpe contra Chávez em 2002, insuflando a agitação e depredação de patrimônio público a partir de 2001 (que coincidência: os mesmos métodos que Abarca Chávez relata em sua confissão)
  • Foi conselheiro dos golpistas em Honduras, em 2009 e condecorado pelo presidente “de facto” Roberto Micheletti

Veja neste site de uma das ONGs presididas por Esclusa sua foto com o golpista Micheletti e sua condecoração.

E, aqui, entrevista do golpista Micheletti em que diz que o “pacifista” Esclusa o alertava sobre o “perigo Chávez”, criando problemas diplomáticos entre dois países:

Esses são os ideais de democracia e justiça que a Globo e o Estadão querem para o povo da Venezuela.

Imagine então o que eles querem para o Brasil...

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