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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 19, 2010

"Partido das "Empresas" Imprensa Golpista", + procuradora se achando e + Indiota









Índio e procuradora decorrem do PIG


Estamos em um momento em que a sociedade terá que decidir se aceita ou não que os seus processos eleitorais sejam eternamente tisnados pelas artimanhas de última hora destinadas a mudar os rumos das eleições presidenciais, fenômeno que se reproduz a cada quatro anos desde 1989, na primeira eleição direta depois da ditadura militar.

O candidato da direita e seu partido, naquela época, foram inventados do nada, de forma a barrarem a chegada de Lula ao poder. Collor e PRN apareceram do nada e a ele voltaram. Antes, porém, passaram pelo poder – com o resultado conhecido – graças ao mesmo tipo de estratégia que volta a ser usada neste ano.

Ontem, a política vestiu a camiseta do PT nos seqüestradores de Abílio Diniz; hoje, os leões-de-chácara do partido campeão de cassações de mandatos por corrupção, o DEM, tenta vestir no mesmo PT a camisa das Farc.

Outra invenção destra se propôs ao papel de pistoleiro, tentando ressuscitar o medo do PT que a sociedade comprou da direita há 21 anos, na primeira eleição presidencial disputada por Lula. Trata-se de alguém que agregou a palavra índio ao nome e que caiu de paraquedas na campanha de José Serra com a finalidade de fazer ataques criminosos aos adversários dele.

O que espanta, porém, é o Judiciário abrigar membros que, de forma sistemática e suspeita, dão declarações partidarizadas para a mídia e a campanha de Serra, que são a mesma coisa, reproduzirem contra Lula, Dilma e o PT.

O caso da vice-procuradora geral eleitoral, doutora Sandra Cureau, é surpreendente. A desenvoltura e a forma sistemática com que tem se manifestado, de forma que claramente pretende produzir fatos políticos para a campanha de Serra, torna difícil alguém não querer ao menos que ela se explique.

Diante dos fatos elencados e das notícias de que o PT ainda decide se processará o candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, alguém chamado “Índio da Costa”, e se representará à corregedoria do Ministério Público contra a doutora Sandra Cureau, quero manifestar meu ponto de vista sobre essas ações.

Não apenas acho que não há como deixar de processar criminalmente o tal índio como, também, acho que a única forma de se ter garantias de que não temos uma Justiça Eleitoral partidarizada no Brasil em pleno processo eleitoral será representando contra a procuradora, até para que ela se explique formalmente.

Agora, a ação mais urgente, mais necessária, mais inadiável, essa acredito que o PT não irá empreender. Tanto o índio quanto a procuradora só podem fazer o que um efetivamente faz e o que a outra pode estar fazendo devido ao conluio da direita tucano-pefelê com os grupos empresariais Globo, Folha, Estado e Abril, além de seus tentáculos.

A comunicação de massas no Brasil – que inclui concessões públicas – está infringindo a lei eleitoral ao atuar como linha auxiliar da campanha de José Serra. O pistoleiro convertido em vice do tucano e a procuradora suspeita de partidarismo são apenas peões manipulados por controle remoto. São efeitos, apenas. A causa é uma imprensa que virou partido político.

doblogdacidadania


Dilma critica criminalização dos movimentos sociais

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A candidata do PT à Presidência da República criticou hoje (19) as tentativas de setores conservadores de colocar os movimentos sociais em condições de criminosos. Dilma disse que não se pode mais no Brasil adotar o comportamento da República Velha, que dizia que “questão social é questão de polícia”.

“Eu acho injustificável que a forma de diálogo com o movimento social, muitas vezes adotada em nosso país, foi aquilo que a República Velha dizia: Questão social é um caso de polícia. Há uma diferença de postura entre diálogo e cumplicidade com ilegalidade. Não é admissível”, disse Dilma, após receber do PSB sugestões para seu programa de governo.

Entre as sugestões apresentadas pelos socialistas, está o fortalecimento de movimentos sociais como Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o “aumento do diálogo e eliminação de repressão” aos movimentos sociais.

“Você não pode confundir movimento social com governo, partido com governo, governo é uma instituição que tem, necessariamente, de ser para todos. Portanto, quando você considerar o movimento social, você vai ter de ver que ele representa uma parte. Isso não pode significar que ele seja reprimido, recebido a bordoada ou objeto de uma criminalização indevida”, disse a candidata.

Edição: João Carlos Rodrigues
doamoralnato

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