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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 07, 2010

Pedágio é burro obra do jênio SS erra






Pedágio é “programa social” dos tucanos: transfere renda dos mais pobres para os mais ricos

21:51
07/07/2010
Mercadante defende mudança na forma de cobrança dos pedágios nas estradas paulistas

Elaine Patricia Cruz

Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Ao participar de um evento na tarde de hoje (07) na favela de Heliópolis, em São Paulo, o candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, disse que a redução dos preços e a modificação na forma de cobrança dos pedágios nas estradas paulistas estão entre suas propostas de governo.

Segundo ele, a questão dos pedágios passa pela revisão do modelo de concessão estabelecido em contrato com as concessionárias das estradas paulistas. Os contratos mais antigos de concessão variam conforme o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) e os novos, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Mercadante disse ainda que também vai estudar a implantação de um novo sistema de cobrança, que já existe nos países desenvolvidos e onde o usuário só pagaria pelo quilômetro efetivamente rodado. A ideia é acabar com as praças de pedágio, com o sistema passando a funcionar por meio de um chip no caro e a cobrança sendo feita por meio de uma conta do usuário.

“Se pagarmos pelo quilômetro efetivamente rodado, vamos conseguir gerar uma coisa mais equilibrada para a população. Mas as tarifas, de qualquer forma, estão muito abusivas. São as mais altas do mundo”, disse.

O candidato petista ao governo paulista também falou de suas propostas para a área de segurança pública. Entre elas, ade se separar os presos por grau de periculosidade, em quatro níveis: primário, reincidentes não perigosos, perigosos e chefes do crime organizado. Os presos dos dois primeiros níveis seriam estimulados a trabalhar e a se educarem para obterem redução de pena, “para que se tenha uma perspectiva de que o egresso volte para a sociedade sem reincidir no crime”, afirmou.

Ainda sobre a questão do sistema penitenciário, Mercadante também propõe que sejam utilizadas as penas alternativas, com os condenados cumprindo trabalho para a sociedade. “Por exemplo, põe para construir creches, cortar grama. Na Inglaterra, 70% das penas são alternativas. E há estatística mostrando que aqueles que pagam com penas alternativas [a reincidência] é muito menor do que [aqueles] que vão para os presídios e que são aliciados pelos crimes organizados”, disse.

Edição: Aécio Amado

PS do Viomundo: Eu acrescento que os pedágios, da forma que estão implantados hoje em São Paulo, funcionam para transferir renda dos mais pobres para os mais ricos. Todos sabemos que quem paga pedágio para transportar mercadoria repassa o preço para os produtos. Ou seja, no fim das contas quem não tem automóvel e não roda nem um centimetro em uma rodovia pedagiada acaba ajudando a pagar a conta dos que tem automóvel e rodam nas rodovias.

doviomundo


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Nem o programa de governo de Serra aguenta os pedágios de Serra

Não riam, porque não é piada.

No "programa de governo" (*) de José Serra (PSDB/SP), entregue ao TSE, está escrito lá na página 5:

"Um exemplo simples: hoje, custa mais caro transportar uma tonelada de soja do Mato Grosso ao porto de Paranaguá do que levar a mesma soja do porto brasileiro até a China. Um absurdo."


Até Serra acha um absurdo os pedágios de Serra!

Mas, Serra deu uma de malandro ao citar o "custo do transporte" sem citar a palavra "pedágio", na maior cara-de-pau. Sua malandragem foi maior ainda quando deslocou o problema para o porto de Paranaguá, no Paraná. Os caminhoneiros que fazem frete de Mato Grosso, muitas vezes escolhem o porto de Paranaguá, porque os pedágios, ainda que caros, são menores do que para levar ao Porto de Santos (SP).

Um caminhão carregado de soja, de Rondonópolis (MT) até o porto de Santos, pagaria R$ 1.095,50 de pedágio para atravessar os 10 postos de pedágios, todos nas rodovias paulistas pedagiadas por Serra. Realmente é um absurdo.

Os caminheiros percorrem 98 km a mais para levar à Paranaguá, mas são 4 postos de pedágios a menos, e os valores são mais baratos.

Clique na imagem para ampliar
Não são apenas os caminhoneiros que sofrem. A produção e os empregos gerados na cadeia produtiva de Mato Grosso (do Norte e do Sul), ficam todos comprometidos, e transferindo riqueza e renda para as concessionárias de pedágios demo-tucanas.

(*) Se é que aquilo pode se chamar de programa de governo. O demo-tucano chega ao ponto de só apresentar críticas, como aos pedágios que ele mesmo criou, sem apresentar qualquer proposta de solução.
dosamigosdopresidentelula

O privatizador do futuro


Eu tento parar de falar do Serra, mas não dá.
Agora ele quer privatizar os aeroportos. Mas diz que não é privatização, que é concessão.
Ora, a privatização das rodovias, ou dos trens, ou do Metrô, ou de qualquer serviço ou meio de transporte se dá, sempre, por concessão.
A empresa que recebe a administração assume o compromisso de manter e investir e, em troca, fica com a receita gerada pelo serviço.
É assim como o pedágio.
No caso dos aeroportos, são as tarifas aeroportuárias, o aluguel dos espaços comerciais e publicitários e a locação de instalações e serviços para as empresas aéreas.
Ou o que seria privatizar os aeroportos, senão entregá-los como concessão?
E as condições de segurança, adequação e modernização da operação? Ficam por conta de interesses privados?
Não há nenhum mal em parcerias com a iniciativa privada para obter recursos para modernizar os aeroportos, melhorar a sua gestão e fazer as ampliações necessárias, mas o poder decisório tem de permanecer nas mãos do Estado, porque é um serviço de transporte essencial para as pessoas e para o desenvolvimento econômico. E, por isso, deve do estado responder diretamente por ele.
Senão, daqui a pouco, além da taxa de embarque, vamos ter pedágio na cabeceira da pista.

dotijolaço

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