Alckmin trata Serra como Serra trata FHC
O Conversa Afiada já observou que José Serra adquiriu, por proximidade intelectual (entre outras), um atributo letal do Farol de Alexandria: encostou nele morre.
A vítima mais recente foi o senador Álvaro Dias, do Paraná.
Serra o convidou para vice e Dias se desfez na bruma que fecha, todas as manhãs, o aeroporto de Curitiba.
O Alckmin já sentiu que a coisa pode virar.
Vamos imaginar que a Dilma – como se pressente – ganhe no primeiro turno.
Já imaginou, amigo navegante, Dilma vitoriosa, ao lado de Lula, consagrado, num palanque do Mercadante no segundo turno em São Paulo ?
E se a derrota dos tucanos em todo o país, no primeiro turno, for estrondosa ?
(Sim, porque o Serra corre o risco de entrar para a história como o coveiro – o semblante não lhe falta – dos tucanos. )
É por isso que o Alckmin dá ao Serra o tratamento que o Serra dá ao FHC.
Foge dele.
É o que diz a Folha (*), na página A9 (para assinantes, mas dá para ler aqui):
“Após pedágios (que o Alckmin espinafrou – PHA), Alckmin agora vê (sic) falta de leito em SP. Dias depois de prometer rever preços (sic), candidato tucano ao governo admite carência hospitalar no Estado”.
Enquanto a Dilma elogia o Lula, o Alckmin espinafra o Serra.
O Serra espinafra o FHC.
Já, já e o Serra vai espinafrar o Alckmin.
Esses tucanos se merecem.
Paulo Henrique Amorim
PSDB LADRÃO , DESCULPEM O PLEONASMO
PF investiga se Marconi Perillo recebeu R$ 2 mi de propina em troca de benefícios fiscais a frigoríficos; ele nega
Investigação faz parte da Operação Perseu, que em 2004 resultou na prisão de 12 pessoas por sonegação fiscal
FILIPE COUTINHO
FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA
Favorito para o governo de Goiás, o senador Marconi Perillo (PSDB) é investigado no Supremo Tribunal Federal pela suspeita de ter recebido R$ 2 milhões de propina de frigoríficos quando governou o Estado (1999 -2006).
Perillo é vice-presidente do Senado. A investigação contra o senador é um desdobramento da Operação Perseu, realizada pela Polícia Federal em 2004, que prendeu 12 pessoas envolvidas em esquema de sonegação fiscal de R$ 150 milhões praticada por frigoríficos.
Interceptações telefônicas realizadas pela PF revelam conversas entre quatro empresários do ramo que discutiam subornar Perillo, segundo a investigação, para que o governo modificasse leis estaduais em benefício do setor. Dos 4 grampeados, 2 foram presos pela PF.
"Foi instaurado procedimento noticiando a suposta prática de corrupção passiva envolvendo Marconi Perillo, consubstanciada no recebimento de R$ 2 milhões para alteração da legislação tributária", diz a Procuradoria-Geral da República no pedido de abertura de inquérito.
A defesa do senador afirma que ele é inocente.
Nos diálogos interceptados entre agosto e setembro de 2004, os investigados dizem que o senador concederia, em troca de propina, benefício fiscal de 7% para os frigoríficos pagarem dívidas tributárias com o Estado. O índice foi concedido por uma lei promulgada três meses depois das conversas.
Relatório da PF que descreve os grampos revela conversas do empresário Ney Padilha, preso pela PF, com Rodrigo Siqueira, ex-sócio da empresa Goiás Carnes, sobre os benefícios fiscais.
Diz o relatório: "Rodrigo diz que "só precisa fazer essas coisas aí, aquela parte que é esquisita". Ney pergunta que parte. Rodrigo responde: "você conhece político né". Ney diz "tem que acertar né'", informa a transcrição.
Em outro trecho, a PF relata conversa do empresário Gustavo Penasso (frigorífico Centro Oeste) com Mauro Suaiden em que discutem como "ajudar" Perillo com R$ 2 milhões, que seriam rateados pelas empresas.
Três dias depois, a PF interceptou telefonema em que Penasso diz que ao menos um empresário já teria pago a propina e que Rodrigo também iria pagar.
Por ordem do STF, já foram ouvidas quatro pessoas no inquérito. O ex-secretário de Fazenda José Paulo Loureiro disse desconhecer o suborno, mas admitiu que Perillo tratava diretamente com os empresários do setor.
Presos pela PF na operação Perseu, Ney Padilha e Mauro Suaiden eram donos do frigorífico Margen. Antes da operação, ele era o segundo maior do país.
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