Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 07, 2010

Sou Paulista e Sou Humanista






Sou Paulista, mas não sou fascista !

Essa corja de neo-fascistóides, caso não tivesse fugido do Mobral em tenra idade, saberia que o desenvolvimento do Estado de São Paulo e, principalmente da cidade de S. Paulo, deve-se única e exclusivamente ao Período conhecido como República Velha, quando os Baronetes do Café açambarcaram o poder federal, após o golpe militar que derrubou a Monarquia .

Lembro que até 1879, ou seja, há 130 anos atrás, a cidade de S.Paulo possuia inacreditáveis 15.000 habitantes e em algumas mapas nem mesmo aparecia, pois era apenas uma parada provisória para tropeiros que vinham de Sorocaba ou retornavam para lá, em direção ao vale do Paraíba ou Santos, cidades MUITO mais importantes.

Os governantes da Velha Oligarquia cafeeira que tomaram o poder a partir de 1889, ou mais precisamente desde o governo Prudente de Morais, ENDIVIDARAM TODO O PAÍS, PARA DESENVOLVER SUAS PROPRIEDADES E FACILITAREM A SUA PRODUÇÃO CAFEEIRA, através de emprestimos triliardários junto aos Rothschild's, Lloyds e demais banqueiros ingleses a juros absolutamente escorchantes e pasmem, A GARANTIA DO PAGAMENTO ERAM AS ALFÂNDEGAS DE TODO O BRASIL.

Em resumo, a patranha era a seguinte: os Oligarcas presidentes da República Velha, construiram estradas de Ferro, Silos, Armazéns e demais benfeitorias (TUDO EM S.PAULO) com dinheiro emprestado no exterior e mandaram a conta para todo o Brasil pagar.

Entre 1894 e 1930, foram tomados um total de aproximadamente 45 milhões de Libras Ouro (+- USD$ 800 BILHÕES ) emprestados apenas junto aos Banqueiros ingleses e americanos e deste total 94% FORAM DESTINADOS PARA S.PAULO .

O único estado ou cidade que abocanhou alguma migalha significativa deste montante foi a antiga capital federal, a cidade do Rio de Janeiro, quando da administraçao Pereira Passos (1902 - 1906 ), na polêmica reestruturação da cidade denominada "Bota Abaixo ", que apesar de toda a truculência praticada, saneou o Rio de Janeiro da varíola e da febre amarela, além de ter modernizado a cidade.

Para se ter uma idéia do descalabro do desvio de verbas de TODO O BRASIL PARA DESENVOLVER S. PAULO E OS BARÕES DO CAFÉ, estudem o chamado "Convenio de Taubaté", de 1906, considerado a Mãe de todas as Maracutaias .

Como no inicio do Século XX, a cotação internacional do café estava caindo vertiginosamente, provocada pela superprodução brasileira, a Oligarquia Paulista que detinha o poder resolveu que iria manter ARTIFICIALMENTE OS PREÇOS NUM PATAMAR MUITO SUPERIOR AO INTERNACIONAL, para que os pobres Barões do Café não fossem prejudicados e nem fossem obrigados a se adequar ao deus mercado ( Oferta e procura e etc).

Então tiveram uma ideia luminosa, ou seja, iriam fazer com que a diferença entre o preço da saca internacional ( menor) fosse bancada POR TODA A POPULAÇÃO DO BRASIL.

Por este sacrossanto convenio, o Governo federal se comprometia em comprar dos oligarcas a saca do café a um preço muito superior à cotação internacional, para posteriormente revendê-la no mecado mundial com prejuizos bilionários . Como o Erário público não possuia recursos para isso, os Varões de Plutarco Paulistas da Republica Velha contraíram um empréstimo junto aos banqueiros ingleses no valor de 2 MILHÕES DE LIBRAS OURO ( coisa pouca, algo em torno de 35 Bilhões de dólares nos dias atuais ), para safarem a sua onça .

Perguntinha : Quem pagou este empréstimo ?

Resposta : TODO O BRASIL, POIS AS ALFÂNDEGAS DO RIO A MANAUS FORAM FIADORAS, OU SEJA,TODA A MERCADORIA QUE PASSASSE NESSES PORTOS (DEZENAS), TERIAM UMA TAXAÇÃO EXTRA PARA HONRAR O PAGAMENTO .

Desculpe-me por me estender, mas o que gostaria de demonstrar é que: O propalado desenvolvimentismo dos paulistas ou de sua elite, o lendário arrojo dos quatrocentöes de S.Paulo é uma grossa mentira, pois a cidade de S.Paulo foi fundada em 1554, e após 325 anos (ano 1879 ) sua capital possuia minguados 15.000 habitantes, 1 hotel e nenhum banco, além de em muitos mapas nem mesmo ser mencionada.

Após a tomada do poder pela oligarquia paulista a partir de 1889 ou mais precisamente desde 1894, S. Paulo misteriosamente iniciou seu desenvolvimento espetacular, ao mesmo tempo que o restante do País empobrecia de forma mais espetacular ainda.

Se tornar desenvolvido economicamente graças a empréstimos biliardários que foram pagos por outros com sacrifícios inenarráveis é muito fácil e não representa mérito algum, muito pelo contrário, representa um parasitismo patológico histórico que precisa ser reparado.

Se durante 36 anos Todo o Dinheiro da Nação fosse enviado para o Amapá, e fossem tomados empréstimos de centenas de bilhões de dólares junto aos bancos internacionais e estes recursos fossem enviados quase unicamente para este Estado, em muito pouco tempo ele se tornaria desenvolvido, uma grande potência, e então os habitantes amapaenses diriam que "Nosso Arrojo construiu o nosso desenvolvimento".

Elite Paulista e seus coliformes agregados, um conselho carinhoso: " DEVOLVAM O QUE VOCES ROUBARAM DO BRASIL !!
docomtextolivre

Nenhum comentário:

Postar um comentário