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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 16, 2010

ss Erra






Procura-se! Além do diploma, a tese do Serra.

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Quem souber do paradeiro da tese de José Serra (PSDB/SP), feita nos Estados Unidos, favor avisar ao blog. Ela não se encontra disponível na internet, nem nos bancos de teses de domínio público, nem mesmo nos pagos, que vendem cópias.

Um dos maiores mistérios da biografia de Serra, é como o EUA patrocinaram o golpe de estado no Chile contra Salvador Allende, e o demo-tucano supostamente saiu fugido do Chile, e foi recebido de braços abertos justamente nos EUA.

Fazendo uma analogia com os dias atuais, seria como os EUA, depois de invadirem o Afeganistão, receberem um líder taliban, ligado à Al Qaeda, de braços abertos, dando-lhe visto de permanência, e ainda bolsa de estudos em universidades estadunidentes.

Dizem que Serra assessorou gente do governo de Allende. Dizem que ele chegou a ser preso no Chile, no Estádio Nacional. Então é bastante improvável que tivesse facilidade para conseguir visto para os EUA, ainda mais para trabalhar, e ainda conseguir bolsa nas caríssimas Universidades estadunidenses, a não ser que... já tivesse virado a casaca.

Para complicar, o título da tese dele foi: "Some aspects of economic policy and income distribution in Chile, 1970-1973" (Alguns aspectos da política econômica e distribuição de renda no Chile). Ou seja, os estadunidenses bancaram Serra para escrever uma tese sobre a política econômica e distribuição de renda no Chile, justamente no período do governo socialista de Allende, que eles faziam de tudo para desconstruir perante a história, para eliminar vestígios de que pudesse haver qualquer coisa boa.

Aí fica a dúvida: Serra foi pago pelos EUA para falar mal do período Allende?


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dosamigosdopresidentelula

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