O dia de hoje é histórico. Pela primeira vez, o Brasil elege uma mulher para presidência da república. Dilma Rousseff (PT) vence José Serra (PSDB) no segundo turno em uma das eleições mais vis da história recente, tendo ela sido alvo de todo tipo de ataque, vindo de todos os lados: políticos de oposição, grandes órgãos de imprensa e até os fanáticos religiosos.
Todos a atacavam e tentavam passar ao eleitor a imagem de que ela tem todos os defeitos do mundo e que Serra tem todas as qualidades. O PSDB não tinha propostas para o Brasil, tanto é que só entregou o programa de governo no TSE um dia antes da eleição! Na falta de propostas, sobrou espaço para a baixaria e para o sensacionalismo produzido não só pela oposição, mas pelos diversos intere$$ados nela.
No entanto, a campanha de Dilma finalmente fez o que Serra mais temia: mostrou ao eleitor as diferenças entre o modelo de governar do PSDB e do PT através de inúmeras comparações. Dilma expôs ao povo os ataques sujos que vinha sofrendo e mobilizou a militância ao mudar o tom no segundo turno. Deu resultado!
De todos os estados do Brasil, Serra só venceu com grande diferença no Acre e em Roraima, onde fez 70%. Dilma venceu na maioria dos estados, beirando os 80% no Amazonas, Maranhão, Rio Grande do Norte e Ceará. Na Bahia e no Piauí, vence com 70% e em dois dos três maiores colégios eleitorais do Brasil, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Dilma venceu com 60% dos votos. Minas Gerais era, inclusive, uma grande aposta de Serra, que tinha Aécio Neves apoiando-o. Em São Paulo, Serra venceu com 55%. No Rio Grande do Sul, a vantagem de Serra é bem pequena.
A cobertura de alguns setores da imprensa sobre a eleição presidencial parece a de um funeral, tamanho o grau de lamúria de alguns jornalistas. Eles foram com tudo nessa eleição através de suas capas de revistas e manchetes de jornais sensacionalistas. Eles agiram como um verdadeiro partido político, filtrando informações que seriam "inconvenientes" divulgar, tentando usar a população como massa de manobra e perderam. Não é à toa que o clima é de velório.
O PSDB/DEM, grandes setores da imprensa, os sionistas e os fanáticos religiosos pensaram que o povo brasileiro seria massa de manobra e que teria uma bolinha de papel no lugar do cérebro: erraram! Ela terá forte oposição, como já tinha Lula. Cabe a ela ter a mesma força que teve ao reduzir o senador Agripino Maia às cinzas em dois minutos.
O Brasil optou pela continuidade de um modelo de inclusão social através de medidas estruturais, sem deixar de lado as prioridades imediatas. No fim, a derrota de Serra significou a vitória do Brasil.
POSTADO POR DAVID MELLO
*aposentadoinvocado
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