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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, janeiro 15, 2012

Irã tem provas de atividades terroristas dos EUA


Irã diz ter provas de envolvimento dos EUA em morte de cientista
Por Parisa Hafezi
TEERÃ, 14 Jan (Reuters) - A televisão estatal iraniana disse neste sábado que Teerã tinha provas de que Washington estariam por trás do recente assassinato de um cientista nuclear iraniano.
No quinto ataque desse tipo em dois anos, uma bomba magnética foi instalada na porta do carro de Mostafa Ahmadi-Roshan, de 32 anos, durante o horário de pico de quarta-feira, na capital, Teerã. O motorista também morreu no incidente.
Os Estados Unidos negaram envolvimento na morte e condenaram o ataque. Israel não quis comentar.
"Temos documentos e provas confiáveis de que o ato terrorista foi planejado, orientado e apoiado pela CIA", disse o Ministério de Relações Exteriores do Irã em uma carta entregue ao embaixador suíço em Teerã, segundo a TV estatal.
"Os documentos indicam claramente que esse ato terrorista foi cometido com o envolvimento direto de agentes ligados à CIA."
A embaixada suíça representa os interesses norte-americanos no Irã, desde que Teerã e Washington romperam as relações diplomáticas após a Revolução Islâmica, de 1979.
A TV estatal também disse que "uma carta de condenação" foi enviada ao governo britânico, dizendo que o assassinato do cientista nuclear "começou exatamente depois que o oficial britânico John Sawers declarou o começo das operações de inteligência contra o Irã."

*esquerdopata

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